Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Frentes reuniram mais de 400

Plenária aprova sair às ruas por vacina, auxílio e Fora Bolsonaro

Depois do combativo Ato do 1º de Maio de Luta, na Sé, as mais importantes organizações da esquerda do País se posicionam por realizar atos públicos por vacina, auxílio eme

Nessa terça (dia 11), realizou a III Plenária Nacional de Organização das Lutas Populares, com a participação de mais de 400 dirigentes e ativistas de centenas de organizações partidárias, sindicais, populares e estudantis, que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, entre outras.

Dentre os partidos de esquerda, estavam representados o PT, PSB, PCdoB, PSOL, PCO, PCB, PSTU e UP. Participaram os principais dirigentes de algumas das maiores organizações dos trabalhadores da cidade e do campo, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de organizações populares, como a Central de Movimentos Populares (CMP), e da juventude, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estuantes Secundaristas (UBES).

Repercutindo o agravamento da crise política e social – com o País superando, como reconhecem vários instituto e universidades, mais de 600 mil mortos; batendo recorde de desempregados e famintos – ; a iniciativa da extrema de direita de ocupar as ruas em atos em defesa do governo genocida de Bolsonaro e, destacadamente, o 1º de Maio de Luta, com Ato realizado na Praça da Sé, convocados pelo PCO e Comitês de Luta, com a participação de muitos outros setores, a  reunião marcou um importante deslocamento da maioria dos setores da esquerda em direção à realização de atos públicos na defesa da vacina para todos, auxilio emergencial e pelo fora Bolsonaro.

Subir o tom

Além do PCO, representado na reunião pelo companheiro Antônio Carlos Silva – membro de sua Executiva Nacional (veja intervenção abaixo), se posicionaram a favor da mobilização nas ruas várias lideranças nacionais.

O companheiro Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, pela Frente Brasil Popular, disse se “importante, subir um degrau”destacando a importância do Ato da Praça da Sé que, segundo ele, “ficou lotada de gente” e “foi a foto que se contrapôs aos atos dos coxinhas“. Representando na reunião da Frente Brasil Popular, Bonfim defendeu a necessidade de sair às ruas pela vacina e pela conquista do auxílio emergencial para todos que precisam.

A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que assinalou que no momento em que “Bolsonaro está mobilizando sua base para o enfrentamento…  devemos subir o tom… temos que fazer a luta política….pois eles eles estão acelereando na reforma administrativa… cortando despesas, preparando a privatização dos correios… e precisamos mobilizar a sociedade contra isso…com ações de rua, mais efetivas“.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, falou em nome do Fórum das Centrais e depois de assinalar que considera “o momento atual mais grave do que no ano passado”, falou da decisão das entidades sindicais de realizar no dia 26,  um ato em frente ao Congresso Nacional, uma “coisa mais forte”, pelo auxílio emergencial de R$600 e pela vacina.

Mesmo ficando evidente a posição vacilante de alguns setores em relação à necessidade de tomar as ruas, somente os dirigentes do PSTU e do PSB se colocaram abertamente contra a mobilização nas ruas.

A intervenção do PCO

Destacamos abaixo, trechos da intervenção na reunião do companheiro Antônio Carlos SIlva, da direção nacional do PCO, durante a reunião:

Em nome do Partido da Causa Operária – PCO, queria diante da gravidade da situação destacar, ao nosso ver, a falta de sintonia da política adotada pela maioria das organizações dos explorados diante dela.(…)

A maioria das nossas organizações e frentes surgiu para organizar a luta dos explorados e a política adotada, nesse momento, na imensa maioria dos casos tem sido a “coragem de ser covarde”.. apontada pelos setores da esquerda que defendem a tática de derrota da frente ampla com os golpistas e inimigos dos trabalhadores, tão ou mais genocidas quanto Bolsonaro (…) No 1º de Maio, vimos o absurdo de pseudo centrais sindicais reproduzirem em seus sites mensagem do fascista João Doria.

Foi um ultraje, no Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, a maioria da esquerda entregar as ruas para a direita… ver companheiros presos e perseguidos pelo golpe, serem colocados ao lado de algozes do povo brasileiro como entreguista FHC (…).

Passou da hora de tomar as ruas. Não adianta acreditar em fábulas como a CPI dominada pela direita golpista, pelos mesmos que derrubaram Dilma, prenderam Lula e aprovaram tudo contra o povo trabalhador, como as famigeradas “reformas” trabalhista e da Previdência.

Nós do PCO, que juntos com companheiros da base do PT e da CUT, de sindicatos importantes como a APEOESP, FUP, da FNL, da Central de Movimentos Populares, MLM, FLM etc. estivemos nas ruas no 1º de Maio. Saudamos as intervenções aqui de companheiros da CMP, da CUT, do PT etc. falando da necessidade de mobilizar,  sair às ruas. 

Nos opomos à política do “fique em casa”, “morra em casa sem lutar” e esperemos pelas eleições.

Comecemos por Brasília, como foi proposto aqui, mas organizemos um grande ato nacional em São Paulo  e mobilizações em todas as capitais. As ruas são do povo trabalhador. É o nosso terreno de luta. Sigamos o exemplo do povo colombiano que obrigou a direita  a recuar da reforma tributária e segue lutando, de fato, pelo “Fora Duque”.

Não vamos ficar em casa assistindo nosso povo morrer, de pandemia, pelas balas da Polícia, de fome etc.

Não podemos continuar paralisados, com sindicatos fechados… assistindo eles privatizarem os Correios,a Eletrobrás, a CEF etc.

Não vai ser no Congresso, não vai ser no STF… Só pode ser nas ruas.

Há inúmeras categorias entrando em luta, como metroviários, petroleiros, professores, rodoviários etc.

Temos a luta dos sem teto contra as desocupações e do povo pobre e negro contra o massacre contra o genocídio.

Vamos às ruas: por auxílio emergencial de, pelo menos, um salário mínimo; por vacina para todos com a imediata quebra das patentes e controle popular; pela redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais: trabalhar menos para que todos trabalhem; contra a privatização dos correios e demais estatais; contra o genoc;ido do povo pobre e negro: dissolução da Polícia e direito de auto defesa dos trabalhadores no campo e na cidade; fora Bolsonaro e todos os golpistas!”

Calendário aprovado

A Plenária aprovou as seguintes atividades principais para o mês de Maio:

16 de Maio – Mobilizações em defesa dos Correios

26 de Maio – Ato em Brasília, junto ao Congresso Nacional para pressionar pelas reivindicações, convocado pela CUT e demais “centrais”

29 de MaioDia Nacional de Mobilizações de Rua em todo o País, em todas as capitais e maior no número de cidades

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.