A direita golpista, que já fraudou as eleições condenando sem provas, prendendo ilegalmente e cassando por cima da Constituição e sob ameaça dos chefes militares, a candidatura candidatura da maior liderança popular do País que a maioria da população quer ver na presidência da República, quer consumar a fraude, “elegendo” – como parte de um processo de fraude e manipulação – um carrasco do povo, defensor do golpe de estado, apoiado pelo governo Temer e súdito do imperialismo norte-americano, como se fosse um “mal menor”.
Para isso, armou a farsa da campanha contra Jair Bolsonaro, acrescentando-o como o “mal maior” que deveria ser combatido por todos os defensores do “bem” e da “justiça”, chamando a uma frente nacional em torno dessa política. Tal campanha não foi apresentada como uma campanha de um setor da direita, sua ala mais forte poderosa política e economicamente e mais estritamente vinculada aos bancos e ao capital internacional – como de fato é -, contra outra ala, mais débil, igualmente reacionária. Ao contrário disso, a direita buscou apresentar essa campanha como uma campanha “apartidária” uma “questão acima dos partidos”, um “interesse comum” de setores distintos e antagônicos etc. Repetiu dessa forma, o truque do qual já havia lançado mão – com algum sucesso – em inúmeras oportunidades, como na campanha de “combate à corrupção” promovida pelos maiores corruptos e ladrões do povo, que tinha como objetivo derrubar o governo Dilma e promover um ataque sem tréguas contra o PT e toda esquerda. O que foi feito, com a colaboração de amplos setores da esquerda pequeno burguesa, inclusive, daqueles setores que acabaram sendo vítimas dessa ofensiva.
O novo chamado à “unidade” tem como pretexto a suposta necessidade de realizar campanha contra o “monstro” Bolsonaro. Um verdadeiro “espantalho” diante de outros monstros reais bem mais perigosos, testados e aprovados na política de ataque ao povo e à economia nacional, como os que promoveram trilhões em riquezas nacionais com as prevaricações à preço de banana das estatais, do petróleo nacional; que destruiram a CLT com a “reforma” trabalhista, que sustaram o ensino público e a saúde públicas e aprovaram o “congelamento” dos gastos públicos por 20 anos para fazer retroceder como nunca as condições de vida da imensa maioria do povo brasileiro.
Tomada por suas ilusões eleitorais, uma parcela da esquerda embarcou de cheio nessa “frente” e ainda procura lhe dar um suposto caráter progressista, apresentando-a como se fosse um “frete antifascista”. Isso sem se dar ao trabalho de explicar como a “frente antifascista” pudesse ser realizada com os maiores inimigos do povo e verdadeiros fascistas que não só falam como também praticam e organizam a repressão e o massacre do povo trabalhador em favor do grande capital. Sem explicar, como que esta “frente” poderia ser feita contra elementos fundamentais do golpe de estado como Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o tucano Geraldo Alckmin, presidente do PSDB, e outros caciques do partido fundamental do golpe de estado e de toda a ofensiva contra o povo brasileiro nas últimas três décadas, entre outros.
Esta conduta, além de reforçar a fracassada política de colaboração de classes e ajudar a burguesia a tentar desamara a reação popular diante da fraude das eleições e da ofensiva golpista contra o. povo – que tende a se intensificar após as eleições (com a “reforma” da Previdência e outras medidas) evidencia a falta de limites nas estupidez política de setores da esquerda que se recusam a aprender da história da luta de classes, em nosso País, e em todo o mundo, destacadamente das derrotas do último período na qual esta “colaboração” com a direita não abriu caminho para nada que servisse aos interesses dos explorados, mas foi fundamental para seguidas derrotas destes diante daqueles com os quais a direita quer agora se “unir”, “contra o fascismo”
Com eles não.
Contra eles, pela liberdade de Lula e contra o golpe.