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Uma "saída" reacionária

Frente ampla: uma frente golpista

Diante da crise dos governos golpistas, a burguesia busca como "solução" provisória estabelecer um acordo com setores da esquerda por meio da frente ampla

O problema da frente ampla, é um problema chave da situações atual e está inserido no conjunto dos acontecimentos centrais no Brasil e exterior.

A burguesia golpista e direitista, diante do avanço da crise e da ampla rejeição das massas à sua política de ataques à maior ado povo para favorecer os bancos e grandes monopólios, precisa cada vez mas da frente com a esquerda, para que está de um uma cobertura democrática à sua ofensiva.

É o que se vê, destacadamente, no caso da verdadeira armação em torno da constituinte luta limitada aprovada no referendo chileno, em torno do qual a burguesia e seus partidos tradicionais, incluindo as suas alas mais direitistas chegaram a um acordo com a esquerda, para realizar um processo ultra limitado, no qual as alterações na constituição pinochetista tenham que ser aprovadas por 2/3 dos constituintes (o que pode invalidar a maioria das mudanças desejadas pela população) e que contará apenas com cerca de um deputado para cada 100 mil cidadãos chilenos  (no máximo 172), dentre outras medidas antidemocráticas que visam conter a mobilização chilena e impedir um colapso do regime ditatorial chileno.

Trata-se de uma manobra contra a vontade popular e contra as combativas mobilizações que se levantaram no País há mais de uma ano, no qual desempenha papel decisivo o Partido Socialista.

Da mesma forma, na Bolívia,  em meio à uma intensa mobilização popular, que forçou a direita a chegar um acordo, a esquerda liderada pelo MAS busca chegar a um acordo com os golpistas que depuseram o governo eleito no ano passado e impuseram uma série de ataques à classe operária e ao conjunto dos explorados bolivianos. Ao mesmo tempo em que segue os ataques contra as organizações dos trabalhadores, como se viu na morte na última semana do dirigente da Federação dos Trabalhadores Mineiros da Bolívia, Orlando Gutiérrez. O sindicalista foi vítima de um linchamento por parte de um bando de fascistas que não concordaram com a vitória do MAS nas eleições presidenciais e faleceu após ficar uma semana internado em estado grave.

Diante da crise dos governos golpistas, a burguesia busca como “solução” provisória estabelecer – na medida do possível – governos de acordo, o que inclui – inclusive – a sustentação de governos amplamente repudiados pela população como no caso do Chile e do Brasil e, no máximo, a sua substituição por governos apoiados pela direita e das alas mais reacionárias da esquerda.

No Brasil, está política se expressa no acordo geral em torno das eleições fraudulentas armadas pela burguesia para dar a vitória às velhas máquinas da direita golpista (como PSDB, MDB, DEM, PSDB) que devem vencer as eleições próximas em 80% das capitais e conquistar a maioria das cidades, fortalecendo a burguesia golpista., buscando atenuar a polarização política entre a esquerda (liderada por Lula) e o bolsonarismo.

Em uma verdadeira operação de fraude e manipulação, a bugieis controla a eleição, busca isolar o PT, usando setores da esquerda, como Guilhermes Boulos, PDT e a direita do PT, pressionando o partido para que abandone suas candidaturas em favor de candidatos da esquerda que apoiam a frente ampla como um primeiro passo para apoiar diretamente a própria direita golpista da frente ampla, como logo se verá no segundo turno das eleições de forma mais ampla, e como já se viu em centenas de alianças desses partidos da esquerda com partidos da direita golpistas e até com o bolsonarismo. O que nada mais é do que uma preparação para as manobras contra uma presença independente da esquerda nas próprias eleições presidenciais de 2022.

Isto fica evidenciado também, quando o regime intensifica os ataques contra o ex-presidente Lula, como ficou explícito dias atrás quando se tornou réu em um quarto processo, com o qual a direita burguesa que controla o judiciário em favor dos seus interesses deixa claro que busca um acordo que não passa pelo ex-presidente e pelos setores que opõem barreiras a uma capitulação total a direita materializada na frente ampla.

Outra manobra evidente nesse sentido foi o caso Ciro Gomes, sua suposta reunião com o ex-presidente Lula, amplamente divulgado pela venal imprensa burguesa, com o claro intuito de mostrar uma política de rendição de Lula e do PT, diante de um dos maiores abutres e articuladores contra o ex-presidente e seu partido no interior da esquerda, nos últimos anos em que apoiou abertamente toda a operação de perseguição contra o presidente, não arpoou o candidato petista contra o Bolsonaro etc.

Há um esforço da burguesia, e de setores da esquerda que elogiaram o possível encontro (como PCdoB e PSOL) para “vender” a ideia de que estaria se articulando uma aliança de Lula com um dos maiores oportunistas e carreiristas da política burguesa que, em certos momentos, busca se disfarçar de “esquerdista” ao mesmo tempo em que se articula abertamente com a direita, como no caso da aliança do “seu” partido no momento, o PDT, com o DEM, em Salvador, apresentada por ele mesmo como um passo no sentido da “alternativa” que pretende construir para 2022.

O encontro  foi desmentida pela deputada petista Luizianne Lins, candidata do PT à prefeita de Fortaleza, contra o candidato de Ciro Gomes (apoiado, de fato, pelo governador cristã do PT, Camilo Santana) e não foi confirmado por nenhum setor da direção petista.

O que está em pauta é a politica da direita para retomar o controle do País, a qual a frente ampla é um aspecto central da política da burguesia, que controla a politica nacional.

Depois de terem impulsionado a extrema direita, que eles têm dificuldades para controlar, e impuseram em acordo com ela uma série de retrocessos às condições de vida dos trabalhadores. Agora, querem usar a esquerda, por meio da frente ampla, para retomar o controle da situação. A burguesia usa a extrema direita como um espantalho para agrupar em toro de si a esquerda,em nome da luta democrática, o que significaria defender a “democracia” ao lado dos que deram o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, que condenaram e prenderam, ilegalmente o ex-presidente Lula e aprovaram todo tipo d e”reformas” e retrocesso contra os trabalhadores, um verdadeiro escárnio contra o povo e seus mais elementares direitos democráticos.

Uma fraude total na qual ninguém acredita. Apenas buscam tirar proveito da situação, que não apresenta nenhuma perspectiva de evolução democrática por essa via.

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