O PSB – Partido Socialista Brasileiro – lançou nota, nesta segunda-feira, com o balanço da campanha eleitoral e a orientação para 2019. Nela, o partido afirma que fará oposição ao governo de Bolsonaro, dentro de uma “frente ampla” em defesa da democracia.
A informação parece feita para agradar às bases do partido. Entretanto, na sequência, o PSB também afirma que não será o caso de inviabilizar o governo, nem aplicar-lhe “oposição sistemática”. Trata-se apenas de pressioná-lo “onde for possível”, para fazer prevalecer as agendas de interesse nacional. Infelizmente, o partido não explica como fará isso, considerando que perdeu participação na Câmara, em relação a 2014, e enfrenta uma ofensiva muito mais agressiva da extrema direita.
Na verdade, o que este partido com vernizes de esquerda faz, é se adequar perfeitamente ao jogo da burguesia. É o que Marx e Lenin chamavam de “cretinismo parlamentar.” O PSB participou da base do governo petista mas, conforme o golpismo avançava, mudou de posição. Em 2016, o partido orientou seus parlamentares a votarem pelo impeachment de Dilma Rousseff. Atualmente, acomoda-se no papel de oposição.
A burguesia nunca teve pudor para tirar governos que não lhe agradassem. Os trabalhadores também não podem. É fundamental repudiar aliança com parlamentares “de carreira” e partidos com posicionamento errático. Eles não lutam pelo povo; lutam para manter seus empregos no poder público, seja como oposição, seja como situação. Com esta nota, o PSB deixa claro que quer garantir seu lugar ao sol dentro do regime golpista e, para isso, não pretende ameaçá-lo.