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"Fascismo democrático"

O que a esquerda tem a ganhar disputando a PM com Bolsonaro?

Deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) volta a fazer demagogia com uma das instituições mais fascistas do País

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), notabilizado por se deixar fotografar com um cartaz ridículo em apoio às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), voltou a defender a Polícia Militar apaixonadamente. Por meio de uma série de “cards” divulgados em suas redes sociais, o deputado do PSOL procura se apresentar maior defensor da Polícia Militar do que o próprio Jair Bolsonaro! Qual o sentido de tal política?

Evidentemente, Marcelo Freixo faz esse tipo de demagogia porque acredita que é possível disputar a base do bolsonarismo — isto é, as corporações que integram o aparato repressivo do Estado — com o próprio Bolsonaro…

Essa política é absurda, em primeiro lugar, porque consiste, finalmente, em um esforço inócuo. Freixo procura se apresentar como um representante dos policiais, uma vez que Bolsonaro não seria o melhor representante da corporação:

Que Bolsonaro não tenha feito coisa alguma enquanto parlamentar, pode até ser verdade. Mas o fato é que Bolsonaro é uma espécie de sindicalista das baixas patentes do aparato de repressão. Não importa o quanto Marcelo Freixo diga que seus projetos são melhores que os de Bolsonaro, isso pouco efeito tem na corporação. E por quê? Porque a ligação de Bolsonaro com a Polícia Militar corresponde a determinados interesses em comum. O policial militar acredita, corretamente, que Bolsonaro é uma figura que irá dar carta branca para que ele mate nas ruas, que seus crimes não sejam julgados e para que os direitos humanos não sejam respeitados. Não se trata, portanto, de ter ou não propostas: Bolsonaro é um representante legítimo da extrema-direita e a Polícia Militar é uma organização de extrema-direita.

Mas o maior problema não é que a política de Freixo é inócua. O problema é que, na tentativa de conseguir, inutilmente, o apoio de uma parcela muito pequena da população, que é a base bolsonarista da Polícia Militar, Freixo parte para o desespero e passa a defender abertamente o programa fascista para o aparato de repressão do Estado:

O que quer dizer a preocupação de Marcelo Freixo com os policiais “que morrem”? Os policiais que morrem, morrem, naturalmente, em conflitos com a população. Afinal, a função da polícia é travar uma guerra permanente contra o povo trabalhador em defesa dos interesses da burguesia. A polícia não existe para combater os “bandidos” — fosse assim, teria prendido todos os que conspiraram contra o governo de Dilma Rousseff e todos os que estão entregando o País para o imperialismo. A função da polícia é proteger a propriedade privada, o patrimônio da burguesia, contra os esfomeados que são roubados todos os dias pela classe dominante.

E as demais questões vão no mesmo sentido: é a defesa das melhores condições possíveis para que a polícia siga maltratando o povo. Isto é, maior salário, suporte emocional etc.

Para não parecer que simplesmente está defendendo abertamente uma melhoria das condições de vida dos inimigos do povo, Marcelo Freixo parece acreditar que vai reverter toda essa guerra entre o povo e a polícia simplesmente fazendo uma campanha moral em torno do que chama de “democracia”.

Trata-se, contudo, de uma falácia. Polícia Militar e democracia são termos, inclusive, que não poderiam estar na mesma frase. Até a ONU, organização imperialista, já recomendou o fim da PM no Brasil. A defesa dos direitos democráticos só é possível, portanto, na luta pela dissolução da Polícia Militar. Do contrário, não passa de uma cobertura para que Freixo, na verdade, defenda uma organização treinada para matar negro e pobre.

Isso só acontece porque, ao mesmo tempo em que Freixo faz tanta campanha para os policiais, o PSOL ignora completamente aqueles que são vítimas da polícia: a classe operária. Como um partido pequeno-burguês, de professores universitários e parlamentares, o PSOL é incapaz de defender os interesses do povo, e acaba, iludido com a perspectiva de fazer parte do regime, sendo arrastado para a extrema-direita.

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