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Pré-candidato quer alianças

Freixo: frente ampla com golpistas disfarçados de “progressistas”

Deputado do PSOL, que já recebeu apoio de setores da direita golpista, em 2016, quer alargar ainda mais a frente na disputa pela prefeitura do Rio. Nada de "Fora Bolsonaro".

O deputado federal Marcel Freixo (PSOL), pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, embarcou de malas e bagagens na política defendida pelos setores mais reacionários da esquerda burguesa e pequeno burguesa de defender uma “frente ampla”, como fazem o PCdoB e setores da direita do PT, além de partidos burgueses como PDT e PSB, que deram votos para o golpe de Estado e para as “reformas” impostas pelos governos golpistas de Temer e Bolsonaro.

Mesmo que para isso seja preciso, inclusive, chantagear seu próprio partido. Ameaçando não ser candidato, caso a ampla aliança não se concretize.

Em entrevista ao sítio Poder360, concedida no último dia 5, o deputado criticou os que no interior do seu partido e na esquerda, se opõem às alianças por ele defendidas, insinuando que só será candidato à Prefeitura do Rio na eleição deste ano se houver “uma unidade ampla do campo progressista”.

O “esquerdista” Flavio Dino (PCdoB) com o “progressista” FHC e o governador do RS, ambos do PSDB

As iniciativas políticas anterior e recentes do deputado, da maioria do seu partido e de outros setores da esquerda tem deixado claro que nesse “campo progressista” se extende até setores golpistas, não só da “esquerda” como o PSB e o PDT, mas também até outros partidos e lideranças a direita que participaram ativamente do golpe de Estado, impuseram ao País os governos golpistas de Temer e Bolsonaro e aprovaram todas as medidas (que eles ajudaram a elaborar)  contra o povo brasileiro como o congelamento dos gastos públicos (PEC 95, a “pec da morte”), as reformas trabalhista, na qual os escravocratas “rasgaram” a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), acabou com milhões de empregos formais e com direitos conquistados em décadas de lutas operarias e a da Previdência, com a qual se impôs o roubo de quase R$ 1 trilhão de dezenas de milhões de trabalhadores, acabando com a aposentadoria de boa parte deles.

Evidenciando e lamentando a crise no interior dessa esquerda, Freixo afirmou que, no cenário atual, essa união entre diversas siglas da esquerda ainda “não está consolidada”. Uma situação que reflete a oposição de setores de base da esquerda contra essa política capituladora e reacionária, bem como as divisões no interior da própria burguesia e da esquerda frentista, que querem comandar. tal “frente ampla”.

Em todos os casos, essa politica serve aos interesses da burguesia diante d uma situação de agravamento colossal da crise econômica e política, na qual todas as alas da burguesia querem evitar um enfrentamento com os trabalhadores e a esquerda, e buscam evitar uma polarização real, a intensificação da luta de classes. Mais ainda, querem o apoio da esquerda para poderem se “reciclar” diante das massas e se passarem por progressistas quando perder praticamente todo o apoio diante das massas e apoiaram abertamente o golpe de Estado e todos os ataques do regime golpista contra o povo brasileiro e a economia nacional.

O pretexto de Freixo para esta aliança com a direita, disfarçada de “progressistas” ou de “centro” é o mesmo apresentado, inclusive por setores da direita, o de que é preciso jogar força “no enfrentamento à extrema direita brasileira porque não está no campo democrático, não está no campo das ideias”

Freixo que já exercitou essa política de “aliança” nas eleições e na sua atuação parlamentar.

Destacadamente, nas eleitos de 2016, contou com o claro apoio de setores da direita golpista, como o jornal O Globo e a

Resultado de imagem para capa Revista Veja contra Crivella
Capa do pasquim da direita, atacando o concorrente de Freixo, na semana do segundo turno de 2016

Revista Veja, que fizeram aberta campanha em favor do então candidato solista, contra o atual prefeito, o reacionário Marcelo Crivela, que representava os interesses de outra ala da burguesia carioca.

O deputado fez por merecer, apoiou dentre outras medidas da direita a instalação das famigeradas UPP`s contra os trabalhadores das favelas e bairros operários do Rio; se recusou a defender Lula (dizendo que a luta pela sua liberdade não unificava a esquerda) e, recentemente, apoiou (em troca da introdução de “perfumarias” a aprovação (com mudanças) do pacote de intensificação do ministro da Justiça e ex-juiz fascista Sérgio Moro.

Segundo destacou o deputado nas entrevista, o PSOL e toda a esquerda precisa “estar preparada para essa disputa” pela Prefeitura e “entender esse papel” de combater o crescimento da extrema direita e estabelecer uma unidade, junto com todo o campo progressista.

Que essa unidade serve apenas para interesses eleitorais menores e para resgatar a direita “progressista” fica evidente também no fato de que o parlamentar e a maioria dessa esquerda defensora da frente ampla se opõe (tal qual FH e outros) à qualquer luta pela derrubada do governo Bolsonaro e de todos os golpistas. Querem “enfrentamento” apenas nas urnas. Um caminho seguro para a derrota para a luta dos trabalhadores, da juventude e de todos os explorados.

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