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PSOL em defesa da polícia

Freixo: fortalecendo os esquadrões da morte

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) publicou, em suas redes sociais, uma propaganda sua divulgando benefícios que destinou à polícia.

Nessa semana, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) publicou em sua página no Instagram uma propaganda em que divulgava alguns dados sobre sua atuação parlamentar em relação aos policiais. A publicação, que pode ser vista logo abaixo, exibe, com orgulho, que Freixo teria destinado 2,8 milhões para o Hospital da PM e 1,5 milhão para a Polícia Civil:

Propaganda de Marcelo Freixo em defesa da polícia.

Fortalecer a polícia é fortalecer a repressão contra o povo

Qualquer política que implique no fortalecimento da polícia, ainda mais divulgada com orgulho, deve ser rejeitada categoricamente pelos trabalhadores. A polícia é o braço armado do Estado: é por onde a burguesia impõe, à força, as condições necessárias para manter o controle sobre a população.

Todo ano, a polícia mata milhares de trabalhadores em todo o país – fora todos os corpos que são fuzilados pelos oficiais da repressão e não são registrados. A polícia é uma máquina carniceira e, em tempos de ascensão da extrema-direita, sua matança se intensifica. A carnificina que a polícia vem aplicando no Rio de Janeiro é uma prova disso.

Nesse sentido, não há porque qualquer organização de esquerda comemorar o fortalecimento da Polícia. Se há mais policiais na rua, serão mais policiais para reprimir o povo. Se há melhores equipamentos para a polícia, haverá melhores condições para atacar a população. Se são pagos salários mais altos à polícia, mais satisfeitos estarão em continuar caçando ferozmente o povo pobre.

A repressão se dá em todos os aspectos da vida da população. Seja em uma festa popular, com o carnaval, ou em uma comemoração após um jogo de futebol, a polícia sempre se faz presente para impedir que os trabalhadores se reúnam. Nas periferias, o povo pobre e negro é morto gratuitamente. Em último caso, as polícias acabam sendo aliados indispensáveis das ditaduras militares – prova disso é a própria ditadura brasileira de 1964-1985 e o recente golpe militar na Bolívia.

A crença nas instituições

As medidas de Marcelo Freixo em favor da polícia, além de tornar as condições da classe operária ainda mais difíceis, demonstram uma crença nas instituições burguesas. Assim, a luta da esquerda não seria a luta pela derrubada do capitalismo e pela completa mudança da ordem vigente. Mesmo o PSOL se definindo como partido socialista, atitudes como a de Freixo mostram que o partido não propõe uma ruptura com o regime político.

A polícia, assim como o Judiciário ou o Congresso Nacional, é uma instituição controlada ferrenhamente pela burguesia. O poder político do Estado pertence a essa classe e, portanto, seria inconcebível acreditar que, por meio de meia dúzia de medidas de parlamentares de esquerda, a polícia se tornaria um aliado do povo.

A instituição escolhida por Freixo para ser homenageada não é apenas uma instituição burguesa, mas sim a mais reacionária de todas. Embora juízes, ministros, parlamentares e outros estejam diariamente acabando com o país, a polícia é uma instituição treinada e doutrinada para matar todo dia o povo que diz defender.

Tanto interesse em demonstrar apoio a uma instituição tão impopular e reacionária como a polícia só pode ser justificado por meio de uma política oportunista. Elogiar a polícia é pura demagogia parlamentar, que pode, na melhor das hipóteses, atrair alguns votos da extrema-direita para si. Em troca, tal política entrega milhares de mortos e o avanço da direita no regime.

Uma campanha da direita

A campanha pelo fortalecimento da polícia é, conforme descrevemos aqui, uma política que interessa única e exclusivamente a burguesia. Portanto, uma propaganda como a de Freixo é não apenas inadequada para um partido de esquerda, mas sim uma campanha estimulada pela própria classe dominante.

Diariamente, programas sensacionalistas na televisão aterrorizam a população com a suposta “onda de violência”, que é provocada pelos próprios capitalistas, e pedem mais polícias nas ruas. Lideranças da extrema-direita, como o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro (PSL) e o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) estão sempre defendendo a polícia, expondo-a como a grande heroína da sociedade e condecorando seus membros mais carniceiros.

Ao invés de seguir o programa da extrema-direita, a tarefa da esquerda e dos setores democráticos é a de denunciar a repressão do estado e a de exigir a dissolução da polícia militar. A polícia, para que de fato sirva à sociedade, deve ser controlada diretamente pelos trabalhadores, e não servirem como um destacamento armado para atender aos interesses da burguesia.

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