Em discurso na Câmara dos Deputados após a aprovação da destruição da Previdência social dos trabalhadores, o deputado federal Marcelo Freixo (Psol/RJ), rasgou elogios a bancada evangélica.
Segundo Freixo, “O diabo não pertence à esquerda nem à direita; nisso somos democráticos” e completou “queria aqui elogiar a postura da bancada evangélica. Acho fundamental nesse momento esse diálogo republicano e democrático. Tenho certeza que a bancada evangélica sabe que não vai haver diferença entre o que se prega e o que se vota.”
Elogiou a postura da bancada evangélica em pedir mudanças no texto sobre as pensões das viúvas. Mas não há o que elogiar a bancada evangélica. O que a bancada fez foi tornar uma proposta indefensável do “tchutchuca” dos banqueiros, Paulo Guedes, em algo menos “destrutivo” e mais “humano” para os trabalhadores. A aprovação da destruição da Previdência contou com apoio quase que integral da bancada evangélica. Pura demagogia.
Também é pura demagogia os elogios do deputado Marcelo Freixo que antes da votação andava com cartazes de mercado com a frase “oferta do Jair, sua aposentadoria por R$ 444 milhões”. Se o fascista Bolsonaro comprou os deputados da bancada evangélica para a aprovação da destruição da Previdência qual seria o elogio a postura? Só fazendo demagogia barata com os evangélicos.
A bancada evangélica não deve ser elogiada em nenhum momento, pois é uma das principais articuladoras do golpe em 2016, da fraude nas eleições e no apoio ao fascista Jair Bolsonaro à presidência. Fazem parte. também, do que há de pior na extrema direita, sendo a maioria em partidos como o PSC (ligado à Assembleia de Deus e a à Igreja do Evangelho Quadrangular) e o PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus).
Em 2016, a bancada evangélica foi fundamental para a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara, onde dos 81 deputados federais pertencentes a bancada, apenas três votaram contra o impeachment.
Os elogios de Freixo a suposta “humanização” da reforma da Previdência é uma adaptação ao golpistas e a aprovação da reforma. Dissimula a questão de que não é uma reforma e sim, a destruição do sistema de Previdência Social, principalmente para as camadas mais pobres e necessitadas dos trabalhadores.