Da redação – Ontem, no domingo dia 04 de Novembro, a Nova Caledônia, um dos arquipélagos localizado na Oceania, perto da Austrália, realizou um referendo pela independência do país, que é uma colônia francesa desde os meados do século XIX. Os setores favoráveis à independência do país perderam de 56% à 44%.
Entretanto, os resultados das eleições no Brasil e as últimas eleições hondurenhas nos fazem levantar a dúvida: quais são a legitimidade destas eleições? Como fica demonstrado historicamente, o resultado desse tipo de eleição, sobretudo em países menores e mais atrasados, é totalmente distorcido da opinião popular, já que a burguesia realiza uma série de manobras para atingir seu resultado.
Com as poucas informações que temos não para saber ao certo qual é a opinião. Porém, é duvidável que a maioria da população seja favorável a se manter colonizado por um país que mantém a população na pobreza e no subdesenvolvimento. A maioria do povo é autóctone.
Com a população um pouco maior que a de Arapiraca, município do interior de Alagoas, fica perceptível a facilidade de manipulação das eleições pelas classes dominantes, que controlam bem melhor o aparato em nível regional e localizado do que em uma grande extensão, onde as manobras ficam mais difíceis.
Entretanto o que é preciso lembrar é que desde do século XIX existe um movimento grande de independência nos arquipélagos da Oceania, que no século passado gerou conturbadas crises. O interesse do imperialismo na Nova Caledônia é grande por conta da grande reserva de níquel do país (25% da reservas de níquel no mundo todo), recurso essencial para produzir material eletrônico.
Além disso, o país dá à França uma localização importante no Oceano pacífico, perto da China. O que é ainda mais importante no atual momento de prelúdio de uma conflito bélico do imperialismo com o país.