Nessa quinta-feira (01), desnudou-se completamente a fraude eleitoral e o próprio golpe de Estado.
O juizeco golpista Sérgio Moro aceitou ocupar o Ministério da Justiça, a convite de Jair Bolsonaro, e vai participar ativamente do novo governo de extrema-direita.
Segundo o vice-presidente eleito pela chapa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão Filho, sua equipe de campanha já havia sondado o juiz ainda durante as eleições. A imprensa capitalista também já especulava a indicação. Em entrevista recente, Bolsonaro já tinha dito que Moro poderia ser ministro da Justiça ou do STF em seu governo.
Esse episódio escancara de uma vez por todas a fraudulência das eleições. Sérgio Moro, o algoz de Lula, condenou e prendeu, sem provas e em aberta violação à Constituição, o ex-presidente justamente para que este não pudesse concorrer à presidência da República. Lula era o único candidato capaz de vencer Bolsonaro, mesmo com todas as fraudes e obstáculos impostos pelas instituições golpistas. Com Lula fora da corrida, o caminho ficou aberto para Bolsonaro vencer o pleito, beneficiando-se desta que foi a maior fraude destas eleições.
Moro foi parte fundamental da trama que colocou Bolsonaro no governo.
Mas não é somente a fraude eleitoral que ficou absolutamente nítida. O próprio golpe de Estado, que derrubou a ex-presidenta Dilma, também. Afinal, a operação golpista Lava Jato, foi um dos principais instrumentos pelos quais a campanha golpista se fundamentou. E Moro sempre esteve ativo em tal campanha, perseguindo Lula, Dilma e todo o Partido dos Trabalhadores.
Treinado, financiado e promovido pelo imperialismo norte-americano, Moro obteve sua grande recompensa. E mais: com a possibilidade de ocupar uma superpasta ministerial, que englobaria a Justiça e a Segurança Pública, o “Mussolini de Maringá” poderia até mesmo comandar, ou ao menos participar, da Força-Tarefa de inteligência decretada por Temer no último dia 15, a qual contará com os principais órgãos de repressão do Estado, como a Abin, a Polícia Militar, a Polícia Federal e as Forças Armadas, e servirá para perseguir violentamente os movimentos populares e a população em geral.
Ainda segundo especulações da imprensa burguesa, já haveria a possibilidade de Moro se candidatar à presidência da República caso haja eleições em 2022 (uma vez que o cenário político é caótico e que há a possibilidade de um golpe militar), sucedendo Bolsonaro caso este não se reeleja. Obviamente que isso ainda é especulação, mas mostra o conluio entre todos esses golpistas para dar continuidade e aprofundar o golpe de Estado.
Não era a toa que o PCO já vinha, há algum tempo, denunciando o caráter fascista da Lava Jato e do próprio Sérgio Moro. Agora esse caráter está definitivamente comprovado.