O político colocado no poder por meio da fraude eleitoral, Jair Bolsonaro, anunciou Sérgio Moro, como ministro da justiça e futuramente como ministro do Supremo Tribunal Federal.
Sérgio Moro ficou conhecido politicamente por ter sido o juiz que colocou Lula, por meio de um processo totalmente anti-democrático e fraudulento, na prisão, onde ele se encontra até os dias atuais, na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A prisão de Lula e sua retirada das eleições, através da capitulação absurda de seu partido (PT) diante das ameaças dos generais do exército e das manobras da justiça eleitoral, foi o ponto central da fraude eleitoral, já que a candidatura de Lula, por conta de sua alta popularidade e apoio na população brasileira, dificultaria o jogo dos golpistas de colocarem um candidato impopular do bloco golpista no poder.
Então, fica claro que o juiz Sérgio Moro foi um elemento decisivo do golpe de estado e da fraude eleitoral. Tanto é que a própria burguesia teve de anunciar a podridão de jogada, de forma simulada e confusa como sempre.
O jornal inglês, The Times, anunciou que “Jair Bolsonaro promete função primordial para juiz que prendeu seu rival”. Isso demonstra que nem mesmo a burguesia está sendo capaz de esconder o absurdo que é a participação de Moro no futuro governo, pois vale lembrar mais uma vez que Bolsonaro só está no poder porque tiraram Lula das eleições.
O fato é que tudo isso esclarece ainda mais o fato que já era óbvio: tirar Lula das eleições e prendê-lo era um ponto central do golpe. E por isso, a campanha de que as eleições sem o Lula são uma fraude total continua sendo atual.
As eleições foram fraudadas, e colocaram Bolsonaro em um lugar que pertence, legitimamente, a Lula. E por isso, é preciso fazer uma intensa mobilização contra Bolsonaro, inclusive contra sua posse no governo, em 2019. E se chegar a governar, a esquerda precisa lutar intensamente contra o governo ilegítimo de Bolsonaro até derrubá-lo, e forem chamadas novas eleições, com Lula em liberdade e podendo concorrer.
É preciso continuar com as mobilizações contra o golpe, e realizar grandes atos nacionais contra Bolsonaro e pela liberdade de Lula. Ir às fábricas, colocando em pauta a Greve Geral para derrubar o regime golpista, pois só a força da classe operária e do povo organizado com seus tradicionais instrumentos de luta podem colocar em xeque o regime golpista.