Os resultados das eleições para governador no Rio de Janeiro confirmam que as eleições burguesas não são confiáveis, para dizer o mínimo.
O candidato que passou para o segundo turno em primeiro lugar, Wilson Witzel (PSC) esteve apagado nas pesquisas e longe dos holofotes da imprensa e da opinião pública durante toda a campanha. Embora essas pesquisas também não sejam confiáveis, são utilizadas pela direita para nortear suas estratégias de ação na tentativa de manipular as pessoas e canalizar os votos de acordo com seus interesses.
Na última semana antes das eleições, o candidato do PSC, ex-juiz Witzel, reafirmou seu apoio à candidatura de Bolsonaro, participando dos atos pró Bolsonaro, posando para fotos ao lado de fascistas e candidatos ao congresso federal pelo PSL que quebraram a placa com o nome da Rua Marielle Franco e recebeu um imenso apoio dos candidatos do PSL e fundamentalmente dos filhos do candidato Jair Bolsonaro.
Além desse apoio de “última hora”, Wilson Witzel também teve seu nome veiculado nos meios evangélicos, e em diversas igrejas os pastores passaram orientação explícita para que o voto fosse feito no que apelidaram de “W20” e “B17” em nome da família e dos bons costumes.
Todas essas manobras criam junto aos eleitores uma tentativa de explicar o crescimento exponencial do candidato, que viu as intenções de votos em sua candidatura passar de 4% no dia 20/09 segundo o instituto data folha, para 42% dos votos válidos após a apuração dos votos.
O fato que precisamos denunciar é que essa virada no cenário eleitoral em tão pouco tempo, desnuda uma enorme fraude, deixando claro o papel decisivo do judiciário no processo das eleições no Rio de Janeiro.
O ex-juiz Witzel é amigo pessoal do braço forte da lava jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, e do juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação arbitrária e injusta do companheiro Lula no caso do triplex.