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Crise econômica

França terá pior desaceleração econômica desde a 2ª Guerra Mundial

A crise será ainda pior do que aquela enfrentada em 2009, com o estouro da bolha do mercado imobiliário.

A França é o quinto país mais afetado pela crise da pandemia do coronavírus. Segundo os dados oficiais, são quase 75 mil pessoas infectadas, com 9 mil mortos e mais de 400 pessoas morrendo por dia. De modo que o sistema de saúde do país nunca esteve tão sobrecarregado. Segundo declaração dada pelo diretor geral de Saúde, Jérôme Salomon, na noite de 3 de abril os hospitais franceses bateram o recorde de número de pessoas internadas em UTI.

De um ponto de vista econômico, a crise que se aproxima para os franceses também promete ser bastante grave. Segundo o próprio ministro das finanças, Bruno Le Maire, a França está prestes a enfrentar a pior desaceleração econômica do pós-guerra, pior até do que os -2,2% de crescimento que teve em 2009 após a crise financeira global.

Como parte das medidas que o governo pretende implantar para amenizar a crise econômica, foi preparado um pacote de 45 bilhões de euros para serem entregues para os capitalistas não demitirem seus empregados. Além disso, também prorrogou prazos para empréstimos e impostos, além disso, 300 bilhões de euros em empréstimos garantidos pelo estado serão disponibilizados para as companhias que precisarem. Além disso, a França vem lutando por um orçamento unificado de toda a União Européia a ser disponibilizado para todos os países afetados pela crise.

O que é importante notar é que todas as medidas que são propostas pelo governo francês atendem somente aos interesses da burguesia. A classe trabalhadora não está na conta deles, justamente porque são incapazes de propor uma saída para a crise que vá contra a sua classe social. Nos momentos de crise, a luta de classes se acirra e as soluções que sairão não são as de colaboração entre burguesia e proletariado. A burguesia fará de tudo para jogar nas costas dos trabalhadores todo o impacto que vier da crise. O que a classe trabalhadora deve fazer é se organizar e apresentar uma solução própria para a situação. A derrubada do governo burguês e a tomada do poder pelo proletariado, colocando um fim ao sistema capitalista é a única solução realmente eficaz para a crise econômica.

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