Brasileiros que moram na França usam um grupo no Facebook para desabafar e para relatar o sentimento de medo e desamparo quando apresentam os sintomas do coronavírus e não são testados.
As declarações afirmam da necessidade de solidariedade entre os Franco-brasileiros, e de falar com a família e amigos no Brasil, para lidar com a situação em um país onde apenas casos muito graves são testados.
A estagiária em um hospital na Bretanha (noroeste da França) e diz ter certeza de que teve o Covid-19, embora não tenha sido testada. “Uma enfermeira da minha equipe foi diagnosticada positiva e eu fui contatada, pediram para verificar os sintomas duas vezes por dia e, se tivesse sintomas, ir ao médico. Neste momento, me disseram para só ligar para o Samu se estivesse morrendo”,
A estudante de direito Mariana Diamantino, 30, mora em Paris e também teve todos os sintomas, assim como seu namorado, de 32 anos. Ligou para o Samu duas vezes. Na primeira vez, estava com todos os sintomas do coronavírus, mas a respiração estava normal. Levou 3 horas para conseguir falar com um médico, que lhe disse que era uma gripe, mas pediu que ficassem confinados. “Achei muito irresponsável ele dizer isso, pois quem tem uma gripe não precisa ficar de quarentena. E isso foi antes de o Macron decretar o confinamento”.
B., 35, que trabalha em uma escola primária na região metropolitana de Paris, teve mais sorte. A única do grupo que relata ter sido testada (o resultado foi positivo), ela só conseguiu fazer o teste porque chegou ao hospital quase desmaiada, com muita falta de ar. “Fiquei em estado grave e fui levada de ambulância ao hospital onde fui diagnosticada”, conta ela, que não fuma, não bebe, pratica esporte e é “teoricamente saudável”.
Em Toulouse (sudoeste), Simony Pires, 46, disse ter pegado o coronavírus de uma amiga, antes do confinamento. “Depois de muita dor no corpo e sintomas que pareciam uma dengue, minha amiga, de 38 anos, foi diagnosticada, mas sem o teste. Isso foi antes do confinamento, e o médico a viu pessoalmente, mas não pôde testá-la”,
O sistema de saúde publica no mundo não esta capacitada para atender uma demanda imposta pela epidemia de covid-19 desta proporção, pois até os mais eficientes sistemas de saúde, de uma maneira mais intensa ou menos intensa, foi atingida pelas políticas neoliberais.
A população dos países imperialistas estão sentido na pele os efeitos das políticas de destruição da estrutura publica, comandada por seus governos neoliberais durante décadas.
A devastação da saúde publica é produto da política de sucateamento de toda estrutura dos serviços públicos em detrimento do privado, digo , da rede privada. É a política de não ter despesas com a população, o neoliberalismo, que agora vai levar centenas de milhares possivelmente a morte.
No livro O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, escrito por Vladímir Ilitch Lénine, 1915 e 1916 ele descreve que a época dos monopólios, ou seja, o imperialismo é a fase derradeira do sistema capitalista, a fúria das grandes corporações pelo lucro, sejam nos países pobres ou ricos vai destruir a infraestrutura social.