Um sinal de que a crise do capitalismo está atingindo um grau elevado é quando a crise chega aos países imperialistas. Depois de meses de convulsão social na América Latina, agora a crise volta à França com todo vapor. Os transportes estão no seu quinto dia de greve contra a Reforma da Previdência, projeto político que o imperialismo quer executar em todos os países.
“A paralisação nos transportes provocou cenas de caos, sobretudo em Paris, com poucos trens e linhas de metrô em circulação e mais de 500 quilômetros de engarrafamentos”, afirma o jornal Folha de S. Paulo. Nove das 15 linhas de metrôs de Paris paralisaram nesta segunda (9), mas apenas duas estavam funcionando normalmente.
Considerando-se os ônibus, sete das 25 garagens estavam bloqueadas pela greve, e apenas um terço dos ônibus estavam circulando. Já a empresa estatal de ferrovias SNCF cancelou 80% das viagens dos trens de alta velocidade.
Nesta terça-feira (10), os sindicatos estão chamando uma nova jornada de greve, que deverá ser ainda maior da realizada na quinta-feira (5), quando 800 mil pessoas foram às ruas contra a política neoliberal de ataques aos trabalhadores.
Porém, como indicamos acima, o caso francês não é um caso isolado. Muito pelo contrário, o fato de um país imperialistas estar sendo atingido pela convulsão social apenas revela a profundidade da crise do regime capitalista internacional.
Por isso, é preciso intensificar a luta também no Brasil. Mobilizar pelo Fora Bolsonaro, por novas eleições e pela anulação de todos os processos contra Lula. A crise da direita nos outros países e os diversos indícios de crise da direita brasileira reforçam a necessidade da luta que será desenvolvida pela 2ª Conferência Aberta dos Comitês de Luta, que ocorrerá neste final de semana (14 e 15) em São Paulo.