Da redação – O Banco Central da Argentina resolveu, nessa quinta-feira, dia 30 de agosto, aumentar a taxa de juros da economia, de 45% para 60% ao ano, para tentar conter a desvalorização da moeda nacional, ao mesmo tempo que o governo do presidente Macri tenta adiantar parcela do financiamento de emergência com o FMI, no valor de 3 bilhões de dólares, para tentar conter a fuga da moeda americana do país.
Além de aumentar a taxa de juros o Banco Central Argentino resolveu aumentar em 5% as reservas mínimas para todos os depósitos em peso, enxugando ainda mais a moeda circulante na economia.
O governo Macri culpa a crise no Brasil e Turquia pela desvalorização do Peso, mas todos os economistas sabem que, para além de qualquer efeito que crises externas possam ter sobre a economia, o que realmente fez o cambio desvalorizar, foi o fracasso da política neo-liberal aplicada pelo atual governo, política essa que é apenas repetição daquilo que foi tentado nos anos 90 e que sabidamente não deu certo.
O modelo neo-liberal de estado mínimo não deu certo na Argentina anteriormente e não deu certo no presente e nem dará no futuro, pois suas premissas são falsas. O mercado não tem condição de resolver os problemas da sociedade e nem o estado, nos moldes atuais, tem condição de minimizar a pobreza que atinge amplas parcelas da população do país.
O que acontece na Argentina, em breve, veremos em terras brasileiras com efeitos ainda mais devastadores.