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Fracasso dos EUA contra a Venezuela expressa crise generalizada do imperialismo e decadência do capitalismo

A crise do capitalismo tem colocado em xeque o vigor predatório da política imperialista. A aparente debilidade em ditar os interesses do grande capital revela a ruína dos carrascos dos povos oprimidos. As diversas tentativas em submeter o povo venezuelano à – política golpista – dos lacaios do capital fracassam a cada investida malograda. Na medida em que o capitalismo declina em direção à bancarrota, governos de extrema-direita impulsionam uma onda fascista na tentativa de conter a sangria inevitável do sistema. A situação da Venezuela, portanto, expressa a resiliência, a defesa dos interesses do povo, a clara demonstração da predisposição à luta popular.

Recentemente, em edição do Jornal Folha de S.Paulo (1/03), a secretária-adjunta de Estado dos EUA para a América Latina, Kimberly Breier, ameaçou o governo legítimo da Venezuela e, disse: prender Guaidó “seria um erro terrível do regime (Maduro), talvez fosse o último erro que o regime cometeria. ” Esse comentário reverbera o grau de ingerência e sabotagem ao qual o regime venezuelano vem sofrendo. O imperialismo, sob a figura de Guaidó, tenta a todo custo, derrubar o governo legitimamente eleito de Maduro. Para isso, cotam com o poio de 54 países golpistas, que reconhecem Guaidó como presidente interino. A pilhagem e sabotagem da economia venezuelana constam como um dos principais artifícios o imperialismo. Ademais, os golpistas impõem que Nicolás Maduro aceite ajuda humanitária. No entanto, o governo venezuelano, acertadamente, não aceita a ajuda e, portanto, dificulta ainda mais as investidas imperialistas. Sabemos que a Venezuela não se encontra em crise humanitária; ademais, o caso da Nicarágua, na Revolução Sandinista, escancara que tipo de ajuda se trata, uma vez que naquela situação, esse pretexto foi utilizado para armar grupos rebeldes contrarrevolucionários. Considerando-se o atual estado de coisas, é importante que façamos uma breve exposição das fracassadas intromissões imperialistas no decurso histórico do século XX.

GUERRA CIVIL ANGOLANA

A guerra civil angolana que teve início em 1961 e só foi terminar em 2002, contou com a ingerência dos EUA, que apoiou a UNITA contra a FNLA e o MPLA. No final, o MPLA apoiado durante um bom tempo, por: Cuba e a URSS, dominaram o regime político angolano, enxotando os lacaios dos EUA do país.

REVOLUÇÃO CUBANA

A revolução cubana é um excelente exemplo de derrocada norte-americana. Os cubanos, liderados Fidel Castro, em 1959, derrotaram a ditadura de Fulgêncio Batista que havia assumido o poder através de um golpe de Estado apoiado pelos norte-americanos, instalando um regime corrupto e extremamente violento no país.

GUERRA ARGELINA

Outro exemplo marcante da derrota imperialista, pode ser visto na guerra de independência argelina (1954-1962). Após uma série de derrotas na indochina (1946-1954) e o enfraquecimento pós Segunda Guerra Mundial, a França se viu pressionada pela ONU a se desfazer de suas colônias.  No decurso de anos de guerra civil, a Frente de Libertação Nacional (FLN) sob a presidência de Ahmed Bem Bella, em 1962, conquista a independência da Argélia e a República Democrática e Popular da Argélia é proclamada.

GUERRA DO VIETNÃ

O caso do Vietnã pode ser considerado como um exemplo de resistência e combatividade. Além de terem expulsado os franceses na Guerra da Indochina (1946-1954), culminando na independência do Vietnã, Laos e Camboja, os vietnamitas ocuparam-se com a tarefa de expulsar os japoneses que invadiram a região durante a Segunda Guerra Mundial. Os vietnamitas tiveram o apoio da China, EUA e dos Franceses contra os japoneses. No decurso da guerra, a Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã (Vietminh), liderada por Ho Chi Minh, alocara-se ao norte do Vietnã e fundaram uma república nessa região. Os franceses, em condições bélicas muito superiores, iniciaram uma investida contra os revolucionários vietnamitas em 1946, aumentando a pressão a partir de 1949, com o apoio dos EUA. Após a revolução Chinesa de 1949, o equilíbrio de forças foi modificado, e o Vietminh passou a receber apoio dos chineses e dos soviéticos. Acumulando uma série de derrotas, os franceses, também pressionados pela opinião pública, aceitaram negociar um cessar-fogo, e em 1954, durante a Conferência de Genebra, na Suiça, foi reconhecida a independência do Vietnã. Contudo, essa nova configuração levaria à uma nova escalada de conflitos. Em 1959, os EUA enviam tropas ao país. No entanto, após o fracasso sofrido na Revolução Cubana, o governo norte-americano, no início, hesitou um conflito aberto. Em 1964, buscando um pretexto para aniquilar a revolução popular dos vietnamitas, o governo norte-americano forja um incidente entre seus navios e uma suposta embarcação do Vietnã do Norte no Golfo de Tonkin. Pronto, a declaração de guerra foi dada. Os conflitos se intensificaram e, por fim, os vietnamitas, utilizando-se de táticas de guerrilha muito eficientes, dominaram a situação e fizeram com que os EUA batessem em retirada em 1976, quando o Vietnã do Sul (apoiado pelos EUA) é tomado e unificado sob o nome de República Socialista do Vietnã.

A breve recapitulação das malogradas investidas do imperialismo, somadas à atual condição de crise capitalista, revelam a inépcia e a bancarrota do império do capital. É fato que, a crise capitalista está num nível mais avançado. O imperialismo perdeu no Oriente Médio e está perdendo na Venezuela. Ademais, conta com uma série de revoltas em diversos locais no mundo; desde países extremamente pobres à países muito desenvolvidos, como: Haiti e França, respectivamente. Com efeito, somam-se as crises dos regimes de direita na América Latina, como: Brasil. Colômbia (ameaça de greve geral), Equador (que teve greve geral contra Lenin Moreno) e na Argentina, onde o governo Macri está totalmente desmoralizado. Uma crescente insatisfação popular tem se desenvolvido em ritmo acelerado e, pode, de fato, transformar-se numa situação explosiva. É preciso, portanto, organizar os setores que lutam contra os governos opressores do povo para tomarmos as rédeas da situação e virarmos o jogo.

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