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Chacina no Rio de Janeiro

“Foram para matar”, diz moradora sobre chacina no Jacarezinho

Durante a ida ao IML para liberar os corpos para o enterro, familiares e amigos denunciam que a Polícia não agiu para prender ninguém, mas sim para executar cidadãos sumariamente

Nesta terça (7), após a maior chacina da história do Rio de Janeiro, onde a Polícia Civil assassinou 24 pessoas, dezenas de pessoas foram ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio, entre elas, mães, mulheres, familiares e amigos das vítimas, para liberar seus corpos para os enterros.

Em depoimento à reportagem do jornal burguês Estadão, indignadas, as pessoas próximas das vítimas denunciaram a chacina executada pela Polícia, que de forma cínica e criminosa afirma que as 24 pessoas foram mortas em “confronto”.

“Isso aí não foi uma operação, não foi para prender. Eles foram ali para matar todo mundo”!

Denunciar Paloma Coimbra da Silva. Seu filho foi assassinado na frente dela, bem como o compadre, sem necessidade alguma, como ela mesma denuncia. Richard Gabriel, de 23 anos, foi um dos mortos. Rafael, da mesma idade, foi outro. Gabriel era filho de criação de Paloma Silva.

“(Os policiais) invadiram e destruíram a casa da mulher (onde Richard e Rafael estavam) todinha. Mataram na frente da filha dela. Foi covardia… A gente não quer o pior. A gente queria que pelo menos fossem presos, mas nem isso eles deixaram”, conta Paloma Silva.

Segundo informações do Estadão, entre as dezenas de vítimas executadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, estava Rômulo Oliveira Lúcio, de 29 anos, que cumpria liberdade condicional. Sua esposa, Thaynara Paes, 22, segurava uma caderneta do sistema penitenciário carioca que comprova a condicional do marido e clamava por justiça.

Ela ainda contou que a operação ficou especialmente violenta a partir da morte do policial civil, ocorrida ainda no início da manhã:

“… Depois que o policial morreu, eles chegaram com mais sangue nos olhos. Por isso que executaram todo mundo. Levaram um ou dois presos, por que executaram os demais? Ninguém estava armado mais, sem nada nas mãos. Meu marido estava sem nada, levantou as mãos para o alto e falou ‘perdi’, e os policiais mataram ele.”

Ela conclui em desabafo que a Polícia pegou ele vivo, “ele estava vivo. Ele foi executado a facadas, estraçalhou a boca do meu marido, eles furaram não sei quanto o meu marido. Ele não merecia isso… Eu sei que as pessoas criam filhos pro mundo, e que o que ele escolheu não é o certo. Mas ele estava pagando, já tinha pagado. Ele ia terminar este ano a cadeia dele”, disse.

De forma criminosa, a Polícia Civil negou ter executado alguma vítima e afirmou ter respeitado todos os protocolos, inclusive aqueles determinados pelo STF para realizar operações em favelas. Com informações divulgadas no Estadão, a corporação ainda diz que os 24 mortos são criminosos, embora não tenha apresentado as identidades das vítimas. Mostrando seu caráter fascista, a entidade também criticou o ‘ativismo judicial’, mas disse que não era uma crítica ao Supremo.

Esse episódio mostra como o aparato de repressão está a vontade para massacrar a população. Sinaliza também que a posse do bolsonarista Flávio Castro como governador do Rio de Janeiro, no lugar de Wilson Witzel, significa uma continuidade e aprofundamento da política fascista do seu antecessor.

Diante disso, é necessário exigir a saída imediata da Polícia da favela e a dissolução das Polícias, que são verdadeiras máquinas de extermínio da população negra e pobre do País e não podem ser paradas por dispositivos institucionais, mas apenas pela mobilização popular.

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