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Fora Salles, Moro, Guedes e Weintraub: só não querem tirar Bolsonaro

Nesta quinta (22) uma parcela da esquerda aproveitou o assunto mais comentado nas redes sociais (o incêndio na Amazônia), como oportunidade para lançar a palavra de ordem “#ForaSalles”, que chegou a ficar entre as “hashtags” (palavras índice das buscas) mais utilizadas no twitter.

Veja algumas das publicações pedindo a saída do ministro do Meio Ambiente:

“A REDE vai entrar no STF com o pedido de impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por crime de responsabilidade, pelo descumprimento do dever funcional relativo à Política Nacional do Meio Ambiente e à garantia do art. 225 da Constituição Federal. #ForaSalles
— Marina Silva (@MarinaSilva) Agosto 22, 2019”

“O ministro do Meio Ambiente:
– é condenado por improbidade administrativa pra beneficiar mineradoras
– destrói programas ambientais, aumentando incêndios e desmatamento
– e é amigo de ruralistas e madeireiros
Não há condições de Ricardo Salles continuar no cargo. #ForaSalles
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) Agosto 22, 2019.”

“Em nosso entendimento, Salles cometeu crime de responsabilidade. Além disso, cabe destacar a omissão em relação ao aumento do desmatamento na Amazônia e das queimadas que estão atingindo a região. Pedimos o impeachment de Salles, sobretudo, em defesa do Meio Ambiente! #ForaSalles
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) Agosto 22, 2019”

“O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do Novo, é um dos responsáveis pelo desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental e pelo bloqueio de 95% do orçamento para implementar políticas sobre mudanças climáticas no Brasil. #ForaSalles
— Manuela (@ManuelaDavila) Agosto 22, 2019”

“Eu vi filhote de jiboia queimado, bicho-preguiça carbonizado, bromélia queimada. Dá vontade de chorar. A perda é de valor inestimável. Muito superior ao das multas aplicadas, quando se encontra o culpado, o que é raro”, compara o biológo” #ForaSalles
— Emerson Damasceno (@EmersonAnomia) Agosto 22, 2019
— JairMeArrependi Agência de Observação de Minions (@jairmearrependi) Agosto 22, 2019″

“Manifestações em defesa da AMAZONIA, não podemos ficar só na tag galera. #PrayforAmazonia#ForaSalles
— Enquanto Rihanna não lança um Álbum (@Rihanna_depre) Agosto 22, 2019”

“#ForaSalles
Não adianta pedir impeachment do Ministro do Meio Ambiente se o GOVERNO tem essa agenda.
As pessoas precisam entender que é o Governo Federal tem esse “projeto”.
Então, peçam impeachment do Presidente pq aí sim…o pedido terá resultado
— Vanessa Carvalho (@vanessasoaresc4) Agosto 22, 2019”

Esse alinhamento entre golpistas, como Marina Silva (Rede), e esquerdistas como Manuela D’ávila (PCdoB), juntos pelo “#ForaSalles” não é uma coincidência. Exigir a derrubada de ministros, preservando o governo de conjunto, é uma política da burguesia para “colocar Bolsonaro na linha”, para evitar ao máximo a polarização entre os golpistas e o movimento operário.

Por isso, essa política, expressa aqui entre Marina e Manuela, é defendida pela chamada “frente ampla”, que busca agrupar setores da burguesia golpista (que supostamente seriam contra Bolsonaro) e setores da esquerda que querem resistir ao governo até 2022. É o “fica Bolsonaro”.

Fica Bolsonaro (fora ministros) vs Fora Bolsonaro (fora todos os golpistas)

Dada a crise do regime e o repúdio cada vez maior ao governo, vide última manifestação (13/08) ter tido como tema principal a derrubada de Bolsonaro, à revelia das direções – que tentaram fazer a manifestação ser apenas pela Educação. O “fica Bolsonaro” foi a política que a burguesia encontrou para se opor ao “fora Bolsonaro”, por isso cooptou setores da esquerda que não querem enfrentar os golpistas.

Como seria inviável para esses setores de esquerda utilizar explicitamente o “fica Bolsonaro”, sob o risco de uma crise generalizada, que traria muitos atritos com a sua própria base, surgiu a necessidade de camuflar sua política de capitulação e acordo com a burguesia em palavras de ordem que dessem a impressão de que esses setores lutam contra os ataques do governo golpista. Daí vem o Fora Moro, Fora Guedes, Fora Weintraub, etc.

Esse esforço da esquerda pequeno-burguesa para “consertar” o governo Bolsonaro só contribui para salvar o regime golpista. Está provado que tirar ministro não irá parar os ataques do governo. O direitista Ricardo Velez da Educação caiu, entrou o fascista Weintraub cortando 30% das verbas das universidades federais, condenando-as ao fechamento em setembro e mantendo um ataque gigantesco contra os estudantes. Por que com Salles seria diferente? Porque a esquerda conseguiria reciclar o lixo que é o governo? É preciso lutar pelo “Fora Bolsonaro”, derrubar o governo de conjunto e não medidas parciais.

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