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Fora Macron: trabalhadores franceses intensificam revolta popular e não colocam esperança no governo francês

Nesta segunda-feira (10), passado mais um fim de semana de revolta na França, o quarto, no qual teve destaque um aparelho de repressão excepcional em termos de França conta-se em quase 2.000 o número de pessoas presas. O recrudescimento da repressão parece não ter intimidado os franceses uma vez que prosseguem os bloqueios em estradas e em postos de combustíveis. Em algumas cidades até bombeiros juntaram-se aos manifestantes. O presidente Macron ficou em silêncio até ontem, quando fez pronunciamento. Demonstrando o nível de pressão ao qual está submetido pela população, ele anunciou o aumento do salário mínimo em janeiro e a diminuição dos impostos sobre a aposentadoria dos idosos. No entanto, os trabalhadores têm mostrado que não se satisfazem com tentativas de frear o movimento de reivindicações populares das massas pela queda do governo.

Alçado à presidência através de eleições largamente manipuladas, com importante auxílio da imprensa, seu governo carece de legitimidade. A possibilidade de sua saída do cargo é admitida abertamente até mesmo pelos grandes jornais como o Le Monde. Ailás, a grande imprensa francesa continua a manipular as notícias das manifestações ao evitar a discussão das suas causas profundas e focar principalmente nas cenas de “vandalismo” e nos prejuízos econômicos que os distúrbios têm causado. Por outro lado, mesmo deputados do partido governista, “A República Em Marcha” já estavam cobrando do presidente medidas de caráter social que tenham efeito imediato, como por exemplo o aumento do valor das aposentadorias mais modestas.

Candidato dos banqueiros europeus, sendo ele mesmo um banqueiro, Macron não cumpriu as vagas promessas de melhoras feitas durante a campanha eleitoral. Promessas que ninguém esperava que fossem cumpridas. As pessoas em sua maioria votaram sem convicção em Macron. Votaram nele por falta de melhor opção. A par a sua personalidade antipática e arrogante está fora de seu poder tomar medidas que melhorem a vida dos franceses porque não é essa a política do Banco Central Europeu nem do Conselho Europeu, seus patrões. Nos seus 18 meses o governo Macron foi um governo dos ricos. Por exemplo, eliminou os impostos sobre as grandes fortunas e criou impostos para os trabalhadores.

Em que pese a presença de membros de partidos políticos e de sindicatos, o movimento dos Coletes Amarelos está ocorrendo fora das instituições. Até o momento partidos políticos e sindicatos não tem se envolvido decisivamente o que sinaliza que essas instituições estão falidas. O apoio ao movimento é crescente (apoio de 72% dos franceses). Portanto a crise tende a aumentar. A crise é do modelo político-econômico que se encontra esgotado. Não é por acaso que na Holanda e na Bélgica já se iniciaram movimentos parecidos. No sábado a população tentou ocupar o Parlamento Europeu em Bruxelas e foi reprimida violentamente.

A crise está em todos os lugares. Ela é mais forte onde nos lugares onde o imperialismo anglo-saxão ou o europeu dá as cartas. Embora não noticiado pela grande imprensa é cada vez maior o número de países que firmam acordos comerciais que afastam o dólar estadunidense como moeda para suas transações. O Catar já sinaliza abandonar a OPEP o que seria um grande abalo para o dólar. Os próximos dias dirão para onde vai o a rebelião na França. Se o movimento arrefecer com toda a certeza será temporariamente pois as motivações não vão desaparecer. A oligarquia dominante na França e no mundo não tem alternativas para oferecer.

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