Da redação – Os coletes amarelos não são um movimento organizado ou um partido, e portanto eles não têm programa próprio. Isso dificulta muito a dar um direcionamento correto das manifestações contra o governo de Emmanuel Macron.
Entretanto, dentre as principais propostas dos manifestantes, estão as exigências por políticas de cunho social, fortalecendo o chamado “estado de bem estar social”, mas não só isso, há também propostas de reformas políticas – com isso, fica claro a rejeição ao atual regime francês de conjunto.
Reforma Institucional, aumento salarial, direitos cívicos universais, mudanças fiscais e outras medidas que vão na mesma direção, demonstram que, ao contrário do que acredita algumas organizações de esquerda, não se tratam de manifestações da extrema-direita, mas de um repúdio à toda política neoliberal, de ataques à população, exercida pelo imperialismo europeu.
A crise na França é expressão de uma crise generalizada da burguesia europeia. A França é um pilar importante da União Europeia, e assim como os outros países importantes, está imersa em um profunda crise, apesar das manobras realizadas para escondê-la.
Desta forma, só será possível conquistar todas as demandas do movimento e derrotar a política neoliberal com uma radicalização ainda maior das manifestações. Não se pode colocar nenhuma esperança no governo francês. Tem que continuar as mobilizações e exigir o “Fora Macron”… ou como diriam os franceses “Macron Dégage”.