O massacre de nove jovens em Paraisópolis nas mãos da polícia domingo (1º) colocam a necessidade de derrubar imediatamente os tucanos do governo de São Paulo. Nove jovens chacinados de uma única vez tornam a situação dramática, de modo que é preciso mobilizar-se imediatamente para impedir a continuidade do genocídio cotidiano contra os moradores das periferias da cidade.
“BolsoDoria”
O governador de São Paulo, João Doria, ao ser eleito ano passado declarou que pagaria “os melhores advogados” para defender policiais acusados de matarem suspeitos. Depois disse que, “a partir de 1º de janeiro” a PM do estado atiraria “para matar”. Finalmente, Doria, depois de dizer cinicamente que lamentava o ocorrido em Paraisópolis, declarou que não mudaria sua política de “segurança pública” e elogiou a policial paulista. Ou seja, fica claro que, se depender de Doria, o massacre nas periferias vai continuar e, ao que os fatos mais recentes indicam, intensificar-se, em sintonia com a política de matança em massa do governo federal.
Witzel
No Rio de Janeiro, o bolsonarismo também está no governo. Wilson Witzel elegeu-se, apesar de ninguém conhecê-lo até então e o resultado das urnas ser muito questionável, com ajuda de Flávio Bolsonaro, filho do golpista Jair Bolsonaro. Witzel faz declarações como as de Doria, mas é ainda mais espalhafatoso. O governador do Rio já posou para fotos ostentando metralhadoras e participou de rasantes em helicópteros em cima de comunidades pobres, o que apareceu em vídeo em que se podia ouvir tiros sendo disparados para baixo a esmo.
Witzel, antes mesmo de ser empossado, declarava que os atiradores de elite da polícia deveriam “mirar na cabecinha” e disparar. O resultado de um ano com um governo como esse já aparece nos números. Até agora, 1.546 pessoas já foram assassinadas pela polícia no Rio de Janeiro. É um recorde histórico, que corresponde à política do governo.
Bolsonaro
Tanto Doria quanto Witzel, em sua sede de sangue contra os trabalhadores de bairros pobres, seguem os passos do governo ilegítimo do Brasil. Bolsonaro colocou Sérgio Moro para ser seu ministro da Justiça. E uma vez no governo, Moro demonstrou logo ser um típico bolsonarista, ao propor o excludente de ilicitude para homicídios da PM, desde que os policiais consigam convencer os juízes de que estavam agindo “sob forte emoção”. O sentido dessa lei, caso seja aprovada, é inequívoco: trata-se de uma permissão para matar.
Fora!
Portanto, Doria e Witzel são expressões locais da política bolsonarista. Estão levando adiante políticas de terror em seus respectivos estados, massacrando a população para conter a revolta popular contra as políticas neoliberais. Esse é o sentido de incursões como a realizada domingo (1º) em um baile funk em Paraisópolis. Diante dessa situação, é necessário se mobilizar contra a direita golpista para impedir a continuidade do massacre.
Assim como todo protesto que acontece no Brasil já levanta a palavra de ordem Fora Bolsonaro!, o que deve ser estimulado, é preciso levantar também as palavras de ordem: Fora Witzel! Fora Doria!