A esquerda não está mais nas ruas. O vício eleitoral levou à passividade o movimento popular organizado, devido à política eleitoreira da maior parte da esquerda, que acredita que as eleições fraudadas até a medula pela direita poderão levar à presidência o candidato do PT.
Diante do delírio eleitoral, a extrema-direita, que havia voltado ao armário graças à mobilização dos trabalhadores no primeiro semestre do ano contra a prisão de Lula, colocou as mangas de fora e está, diariamente, atacando todo e qualquer sujeito que possa ser considerado de esquerda e também cidadãos dos setores mais marginalizados.
O que vai fazer a extrema-direita abaixar a cabeça e deixar de se sentir a vontade para agredir a população não é o voto ou o diálogo. É a ampla mobilização das massas, que também é capaz de enfrentar o novo período de aprofundamento do golpe com mais pesados ataques aos trabalhadores, no provável governo de Bolsonaro.
Mas, para isso, para organizar e planejar corretamente os próximos passos da luta, é preciso que as forças populares tracem um plano de ação em uma grande discussão, aberta e democrática. Essa é a proposta do Partido da Causa Operária (PCO) e dos Comitês de Luta Contra o Golpe.
A realização da 2ª Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe servirá para unir os movimentos populares, da cidade e do campo, de trabalhadores, sem terra, juventude, mulheres, negros, etc. Tudo com a perspectiva de união combativa, coerente e concreta, nas ruas, nas fábricas, nas universidades e nos bairros, para organizar o movimento de massas para enfrentar de maneira contundente a extrema-direita e Bolsonaro.
Estão todos convocadas para a Conferência, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de dezembro na cidade de São Paulo. Fora Bolsonaro e todos os golpistas, liberdade para Lula e todos os presos políticos!