Foi anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) a então ampliação das escolas militares pelo país. Desde a semana passada este tem sido o assunto na luta que vem sendo travada pelos educadores do Distrito Federal e dos estudantes que tiveram suas escolas militarizadas nesta segunda-feira (11). Segundo o MEC, esta é uma de suas prioridades no último momento, o aumento de escolas militares, além disso passou a existir dentro do ministério a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares, mostrando sua inclinação a extrema-direita.
Essa proposta denota qual a política que o governo golpista de Bolsonaro tem a oferecer quanto a educação, quer entregar o ensino do país nas mãos dos militares. Por a extrema-direita à frente das escolas, e fazer a boa e velha demagogia direitista “acabar com a doutrinação marxista”, quando na verdade entende-se que o que está sendo implementado é a escola com fascismo. Com o discurso batido da segurança pública, o MEC declara que esta é uma medida que vem sendo pensada para diminuir os índices de violência dentro das escolas e na comunidade como um todo.
A verdadeira face da ampliação desse modelo de escola, é o de justamente promover uma perseguição desenfreada contra professores e estudantes das escolas, e ter como mote principal a censura generalizada. Aqueles que defendem o projeto Escola Sem Partido (Escola Com Fascismo) na verdade defendem a escola com os partidos da direita, que são os grandes responsáveis pelos ataques contra a educação e que aprovaram junto com o golpe de estado de 2016 a emenda que hoje congela os investimentos em saúde e educação por 20 anos.
Nesse sentido, é preciso engrossar a mobilização diante da militarização das escolas. Organizar toda a categoria de educadores e o movimento estudantil contra o avanço da extrema-direita por meio de comitês de luta, como é o caso dos Educadores em Luta. Somente com a mobilização desses setores, por meio de uma política que imponha a real derrota da direita fascista, será possível avançar positivamente na luta.