Ao contrário da política de total capitulação ao regime golpista, política esta defendida pela ala direita do PT, a qual busca um acordo com aqueles setores que organizaram o golpe de estado contra Dilma, a prisão de Lula, que impulsionaram a extrema-direita; o ex-presidente Lula chama a população, os trabalhadores a se mobilizarem nas ruas contra o golpe de estado, contra Bolsonaro.
Diante da profunda crise interna existente dentro do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula, preso político dos golpistas, foi obrigado a intervir defendendo uma política que vai na oposição à política de adaptação defendida pela ala direita, hoje representada por José Eduardo Cardozo, Tarso Genro, Washington Quaquá, Jacques Wagner e o próprio Fernando Haddad.
Em oposição à política de total submissão ao golpe levada adiante por Haddad e ala direita, quando afirmaram que é preciso desejar “boa sorte” ao golpista da extrema-direita, Bolsonaro; Lula declara na carta que o “país não vive uma situação normal”. O ex-presidente afirma ainda, com total razão, que o povo foi impedido de votar em seu candidato de preferência. Uma clara denúncia da fraude eleitoral, somente por meio desta foi possível a “eleição” de Bolsonaro.
Ao contrário de Haddad, que durante a campanha passou pano para o juíz golpista, Sérgio Moro, ao declarar que ele “cumpriu um importante papel para o país”, “errando” apenas no caso de Lula. O ex-presidente denuncia abertamente a farsa judicial, o papel central do judiciário golpista no golpe, e na sua prisão, denuncia Moro, utilizando o fato de o juíz assumir um cargo no Ministério da Justiça de Bolsonaro como um índicio de seu caráter abertamente golpista.
Lula denuncia o papel da imprensa no golpe, principalmente da rede Globo e a sua política de ataques caluniosos contra PT. Sem qualquer ilusão na “bondade” de um governo de extrema-direita, Lula afirma com todas as letras que a eleição fraudulenta de Bolsonaro abrirá caminho, “por meio dos métodos arbitrários e ilegais da Lava Jato”, a um ataque direto às organizações operárias, sindicatos e partidos, intensificando a perseguição política que já vem tomando conta do país após o golpe.
Ao contrário da ala direita do PT e da esquerda pequeno-burguesa que, de uma forma ou de outra, colaboraram com o golpe, e agora querem esperar as próximas eleições, Lula chama a militancia a “voltar às ruas, às fábricas, aos bairros e favelas”. Ou seja, a necessidade de se combater o governo ilegitimo de Bolsonaro desde já, deunciando o golpe, a fraude eleitoral.
Durante a reunião do diretório nacional do PT, no final de semana passado, a posição de Lula saiu vencedora sobre a ala direita. Por meio da atual presidenta, Gleise Hoffmann, a ala lulista conseguiu se impor sobre a ala direita, o que pode ser verificado nas resoluções que denunciam o golpe, a fraude eleitoral e chamam a população a se mobilizar.
Ao contrário da total capitulação da ala direita do PT e da esquerda pequeno-burguesa, é necessário seguir a orientação de Lula e mobilizar desde já pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas!