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Vôlei contra o Bolsonarismo

“Fora Bolsonaro”: julgamento de Carol Solberg é adiado

A tentativa de censura realizada pela CBV através do seu tribunal mobiliza a reação de duas entidades na defesa concreta da liberdade de expressão.

Uma atleta de vôlei de praia está conseguindo fazer uma oposição mais efetiva ao governo bolsonarista do que muitos partidos defensores da chamada frente ampla com os golpistas. A atleta em questão é Carol Solberg que seria julgada na ultima terça pelo STJD da CBV pela suposta violação em dois artigos do Código Brasileiro da Justiça Desportiva (CBJD) ao gritar “Fora Bolsonaro” ao ser entrevistada depois da premiação na etapa de setembro do Circuito de Praia Brasileiro.

Só que este julgamento foi adiado a menos de 12 horas do seu inicio devido às solicitações realizadas pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) para participarem como terceiros no julgamento baseado no artigo 55 do CBJD.

Este artigo diz o seguinte: “a intervenção de terceiro poderá ser admitida quando houver legítimo interesse e vinculação direta com a questão discutida no processo, devendo o pedido ser acompanhado da prova de legitimidade, desde que requerido até o dia anterior à sessão de julgamento”.

Assim foram solicitados dois pedidos de intervenção externa que o Relator do Caso o advogado Robson Luiz Vieira acatou a analisar e os enviou para o Procurador Geral Fabio Lira se pronunciar sobre a legitimidade do pedido, cabendo ao relator a decisão final sobre a participação destas duas entidades.

Em entrevista para a repórter Winnie Fernandes o representante das duas entidades, advogado Carlos Nicodemos, declarou o seguinte: ”Nossa perspectiva é de participação no julgamento. A ideia é posicionar que o procedimento aberto contra a Carol configura um meio de violação ao direito à liberdade de expressão à luz da nossa Constituição Federal e também os tratados internacionais de direitos humanos, como a Convenção Interamericana de Direitos Humanos da OEA e os tratados relacionados aos direitos humanos da ONU”.

Ainda que pareça ser algo óbvio não parece ser o caso para o procurador Fabio Lira, pois este em entrevista para Demétrio Vecchioli em 23 de setembro assumia a possibilidade de arquivar o caso, contudo preferiu a realiza a denuncia nos dois artigos que citou durante a entrevista, ou seja, o artigo 191 — deixar de cumprir o regulamento da competição — e o artigo 258 — assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras do código, possivelmente os mais amplos que existem neste código.

O vice-presidente do ABI, Cid Benjamim, apontou que quando dois atletas da seleção brasileira, Walace e Mauricio Sousa, fizeram campanha para Bolsonaro após vitórias no Mundial de Vôlei de 2018 a CBV não fez nada e agora busca punir a Carol.  Em suas palavras ele afirmou “Ou bem a manifestação é tolerada e é permitida, ou bem a manifestação política não é tolerada e não é permitida”. Possivelmente ele não deve seguir a CBV no Instagram porque ela divulgou a foto só apagando depois pela repercussão negativa.

A Declaração de Cid Benjamim se junta às da Comissão de Atletas do COB que no dia 05 de outubro, ainda que tenha sido duas semanas depois do ocorrido, em uma mensagem pelo Instagram o grupo através do seu presidente o ex-judoca Thiago Camilo solicitou que o julgamento de Carol fosse justo e levasse em conta as jurisprudências anteriores.

Em suas palavras: “Nossa Comissão almeja que a atleta possa ter um julgamento justo e com a mesma jurisprudência de casos anteriores envolvendo atletas brasileiros”. Os casos seriam tanto o citado como o do jogador do Palmeiras Felipe Melo que foi um cabo eleitoral em 2018 do ex-capitão. Portanto, as confederações esportivas só criam problemas se disserem “Fora Bolsonaro”.  Por isto é importante apoiar todo aquele se posiciona efetivamente pelo Fora Bolsonaro, procurando também apontar que a sua eleição fraudulenta foi resultado do golpe de 2016. E no momento, vários destes golpistas querem fugir desta responsabilidade.

Como o julgamento está sem data prevista para ocorrer é possível que a dupla Carol Solberg e Maria Elisa possa competir na próxima etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia que está previsto acontecer entre os dias 15 e 18 de outubro. Esperamos que elas sejam vencedoras da Etapa e mais uma vez ela grite “Fora Bolsonaro”.

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