No primeiro dia de governo Bolsonaro transferiu a demarcação de terras indígenas e quilombolas para o ministério da Agricultura, que é controlado pelos latifundiários. Já naquele momento, esse governo demonstrou ser um inimigo de todos os setores da população, exceto uma dúzia de capitalistas.
O governo golpista de Bolsonaro já deixou claro que governará para aniquilar a população indígena e quilombola. Através de uma MP tirou as atividades de demarcação de terras indígenas do controle da Funai (Fundação Nacional do Índio) e das terras quilombolas do controle do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), além de tirar o Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente.
Todas essas atividades foram transferidas ao Ministério da Agricultura que está no comando da líder ruralista Teresa Cristina (DEM-MS). Essa política vai acentuar em grande medida o massacre contra os indígenas, quilombolas e trabalhadores do campos bem como a destruição das florestas.
A política de demarcação de terras indígenas e quilombolas, bem como, a oficialização de assentamentos de trabalhadores rurais e preservação das florestas, são conquistas históricas resultado de uma luta que se trava ainda nos dias atuais. Essa política coloca o controle dessas conquistas nas mãos de assassinos históricos dos povos indígenas, das comunidades dos quilombos, dos trabalhadores do campo e dos ativistas de preservação do meio ambiente. Ao colocar as raposas para cuidar das galinhas anunciasse um retrocesso sem precedentes dessas lutas sociais.
Jair Bolsonaro já havia prometido em discurso no Clube Hebraica do Rio em 2017, vídeo que virilizou na internet, “Se eu chegar lá… Não vai ter um centímetro demarcado pra reserva indígena ou quilombola. Com parcerias, nós vamos resgatar esse Brasil. Comecem já ir se acostumando, não sou um candidato para agradar…”.
É preciso intensificar a luta contra o golpe e o fascismo. Os ataques deste governo golpista objetivam colocar as terras produtivas, as riquezas minerais e florestas nas mãos de alguns poucos capitalistas. É urgente que as comunidades indígenas e quilombolas bem como trabalhadores do campo e da cidade se organizem em Comitês de Luta para derrotar o golpe! FORA BOLSONARO E TODOS OS GOLPISTAS!