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Fora Bolsonaro é reverter a fraude eleitoral

Chegada as eleições de 2018, os conspiradores golpistas trataram de afastar do cenário e da vida política nacional a principal e mais importante liderança popular do país, o ex-presidente Lula, que mesmo diante da mais hedionda e selvagem campanha de calúnias e ataques desfechados pelos inimigos do povo trabalhador, se manteve na preferência do eleitorado nacional e na vontade das massas populares por vários meses, liderando a corrida presidencial, com todas as chances de vir a ser o escolhido para ocupar a cadeira de presidente da república.

À burguesia, ao imperialismo e aos golpistas não restou outra alternativa a não ser encarcerar o ex-presidente através de processos judiciais fabricados, farsescos, como foi obrigada a montar um esquema fraudulento para fazer vitoriosa uma candidatura completamente artificial e sem qualquer apelo popular, mas que pudesse ocupar o vazio deixado pela mais completa desmoralização das candidaturas tradicionais dos velhos representares da política burguesa, amplamente repudiados pelo conjunto da população.

Bolsonaro foi eleito e sua eleição é produto desta escandalosa e inominável operação golpista contra a vontade da maioria da população, que já havia manifestado seu desejo e sua intenção de ter na presidência da república o ex-presidente Lula. Não deveria se apresentar como surpresa que, diante desta gigantesca fábrica de mentiras e engodos montada pela burguesia e seus asseclas, o governo Bolsonaro – eleito sob a égide de uma grotesca fraude – viesse a se esgotar tão precocemente.

Não pode haver qualquer dúvida que as eleições de 2018 foi uma operação que fez parte do calendário golpista e por isso deve ser denunciada como o que foi e continua sendo, uma eleição fraudulenta, tramada nos laboratórios mais vis e apodrecidos da política burguesa, com o apoio de todos os setores mais retrógrados e reacionários do país, da extrema direita obscurantista, que apoia a tortura, os torturadores e todos os crimes da ditadura militar perpetrados contra o povo brasileiro.

O governo Bolsonaro é o representante de toda esta operação, de toda esta gigantesca fraude contra o povo, contra a soberania do país, contra os trabalhadores, contra os sem-terra, contra a juventude, contra as mulheres, contra os negros e todos os demais segmentos atacados pelo regime de fome e miséria do grande capital, do imperialismo e da burguesia.

Em menos de cinco meses de “governo” o ataque dos golpistas contra os direitos do povo trabalhador não encontra paralelo na história recente do país, talvez mesmo em toda a história do país, desde o descobrimento até os dias atuais. O povo nas ruas já deixou explícito o seu desejo de varrer, de colocar para fora os representantes desta bestial máquina de guerra contra a população que é o governo Bolsonaro. É preciso dar um basta a esta situação deixando claro que a continuidade do governo, ou qualquer outra medida de salvação do regime político golpista (General Mourão) significa o aprofundamento do ataque às condições de vida das massas populares e da liquidação da soberania nacional, da entrega do país aos ditames do imperialismo e do grande capital.

A fraude eleitoral perpetrada pelos golpistas contra o povo trabalhador, contra os interesses da maioria da nação, somente poderá ser revertida com a derrota do golpe, com a derrota do regime golpista que elegeu Bolsonaro, com o fim do governo do ex-capitão de mentalidade obscurantista, reacionário, direitista e pró-imperialista. Portanto, é completamente descabida a ideia que já vem sendo defendida por setores inclusive da esquerda, no sentido de uma saída “negociada” para substituir Bolsonaro pelo seu vice golpista, o gorila Hamilton Mourão, que por mais de uma vez já ameaçou o país com intervenção militar, ou seja, com um golpe de estado.

O regime político de compromissos com o imperialismo e com o grande capital deve ser enfrentado e derrubado nas ruas, através das mobilizações que já se fazem presentes em todo o país. Os partidos de esquerda, a CUT, os sindicatos, as federações, as confederações, a UNE, o movimento dos sem-terra, as entidades de mulheres, dos negros, de defesa dos homossexuais e dos demais segmentos oprimidos da nação devem ocupar as ruas e praças de todo o país no próximo dia 14 de junho (greve geral!) e levantar bem alto a palavra de ordem de Fora Bolsonaro, abaixo o regime golpista, liberdade para Lula e novas eleições com Lula candidato, para reverter a fraude que colocou este governo no poder.

 

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