Nesse domingo, o governo de São Paulo, com auxílio de Guilherme Boulos, manobrou para retirar o ato antifascista da Avenida Paulista e, finalmente, garantir a exclusividade do local para as manifestações coxinhas. Na deliberação imposta pelo juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foi citada a proibição de atos “contra e a favor de Bolsonaro”. Após a manobra de Boulos, que remarcou a manifestação para o Largo da Batata, na zona oeste da cidade, os bolsonaristas fizeram seu ato na Av. Paulista.
Contrariamente à política de Boulos, o PCO e os comitês de luta contra o golpe chamaram a manifestação para a Avenida Paulista. Ficou patente a orientação politica colocada: o forte pelotão armado de policiais presentes na Paulista foi usado para reprimir a esquerda e proteger o ato da direita. Alguns militantes, por exemplo, chegaram a ser abordados e algemados pelos policiais enquanto os bolsonarista realizavam o seu ato sem nenhum incômodo.
É interessante relatar que a manobra de Boulos foi citada por um policial “mediador” como um acordo oficial com a polícia. Quer dizer, Boulos pavimentou o caminho da entrega da avenida mais importante da luta do movimento operário paulistano para os fascistas. No polo oposto, é preciso seguir o exemplo do PCO e dos comitês de luta que enfrentaram os desmandos do Estado capitalista no sentido de proteger esse verdadeiro baluarte de luta. Num sentido geral, portanto, a esquerda deve impedir que a extrema-direita tome para si as principais ruas e avenidas da cidade. É preciso combater à altura toda iniciativa nesse sentido. A manifestação do dia 13 de junho será a próxima etapa dessa luta. Portanto, é preciso realizar uma grande mobilização nesse dia nacional de lutas para sedimentar mais uma vez a av. Paulista como um local de luta da esquerda e do povo.
A Paulista é do Povo!
Todos às ruas no dia 13 pelo “Fora Bolsonaro”!