Uma das maiores concentrações do comércio informal da capital paulista e provavelmente a maior do pais teve uma queda de 90% no comércio e ameça milhares de família que vivem do sustento dos seus pequenos negócios. Esses trabalhadores em sua maioria ambulantes ou no máximo donos de pequenas barracas estão entregues à sua própria sorte. Muitos, inclusive foram colocados nessa situação pelo desemprego da economia formal. Por outro lado os 200 reais prometidos por Bolsonaro é uma afronta aos trabalhadores, representando uma miséria e sabe se lá, se em algum momento chegará às mãos desses trabalhadores.
Com três pessoas mortas, uma no Rio de Janeiro e duas em São Paulo, e quatro óbitos sendo investigados também em São Paulo, além das 350 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Covid-19) e 8.819 casos suspeitos em todo o país até a quarta-feira dia 18, o Brasil se prepara para medidas preventivas mais graves como a restrição da circulação de pessoas, que já ocorre parcialmente.
Com essa situação a cidade de São Paulo já começa a ficar vazia, anunciando outra tragédia para o enorme número de trabalhadores ambulantes, sem direitos, que foram obrigados a partir para a informalidade para sobreviver com o mínimo dignidade. Como os 39 milhões de trabalhadores vão se sustentar e garantir a manutenção da vida para a família e ao mesmo tempo se prevenir contra o coronavírus.
O criminoso governo Bolsonaro não liga para o que vai acontecer a estes 40% da classe trabalhadora brasileira. Nenhuma das poucas medidas anunciadas pelo governo federal até agora atende as necessidades dos informais e de outros milhões de trabalhadores, que já começaram a sentir os efeitos da redução de circulação das pessoas nas ruas de São Paulo.
Em São Paulo isso já é nítido, no Brás, na Lapa em Santo Amaro, o desespero começa a bater a porta de milhares de ambulantes que não sabem o que fazer com as contas para pagar, aluguéis e alimentação para sustento das famílias.
É necessário que a CUT impulsione uma campanha pública chamando os trabalhadores a se mobilizar. Pois apesar da crise sanitária, se esses trabalhadores não tiverem condições a manutenção de suas vidas não tem como os mesmo sair da rua para se proteger. Então a saída é se mobilizar e derrubar aquele que nos condena a morte. Fora Bolsonaro!