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Tática política

Folha, que bajula Boulos, persegue o PT

Os monopólios da imprensa capitalistas a todo custo querem convencer a população que o Partido dos Trabalhadores está em declínio, pois temem a força social em torno dele

Logo após a sabatina promovida pela Folha/UOL, com o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, ocorrida nesta sexta-feira (30), a Folha de S. Paulo publicou matéria, assim como fez com outros candidatos, para analisar a “veracidade” das afirmações do petista. “Tatto exagera sobre filiados do PT e vale-alimentação escolar na pandemia em sabatina Folha/UOL” quer esse monopólio golpista dar a entender um declínio da base do Partido.

De maneira bastante evidente a Folha por meio de sua agência de verificação, Agência Lupa, questiona o tamanho do Partido dos Trabalhadores em termos de filiados. Tatto afirma que o Partido tem mais de 2 milhões de filiados, sendo 180 mil na cidade de São Paulo, o que seria quase 2% dos votos totais da cidade. Os dados da filiação do PT mostram a farsa das pesquisas eleitorais em relação ao candidato, colocado pela burguesia com tendo, durante um bom tempo, apenas 1% das intenções de votos, quer dizer menos votos do que o número de filiados ao partido na cidade.

A Folha de S. Paulo, que participa de um complô dos monopólios da imprensa capitalista para esconder a candidatura do PT, apresentando-o como partido superado, para isso apresentam inclusive as personalidades e partidos que seriam os legatários dessa suposta falência partidária, Boulos e PSOL, contestou os números apresentados pelo candidato, afirmando-os exagerados, para isso recorreram à Justiça eleitoral.

Segundo a Folha, com base no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT tem 1.535,934 filiados em âmbito nacional e 129 mil na cidade. A filiação partidária, entretanto é uma relação privada, entre o indivíduo e o partido e que não necessita de autorização do Estado.

O TSE como órgão de características ditatoriais, porém somente reconhece essa relação com a sua chancela própria, do contrário impõem sanções, por exemplo, se um partido quer lançar um candidato, esse e o partido só podem dispor desse direito democrático se a filiação deste candidato, que já estabeleceu uma relação com o partido, for feita, submetida ao TSE e aceita pelo mesmo órgão, caso contrário a relação entre o filiado e partido fica anulada perante a justiça, o que é uma interferência indevida do Estado nas organizações da sociedade civil e na liberdade do indivíduo, que não necessita de autorização ou validação para firmar compromisso político, ideológico e partidário.

Os dados do TSE não são evidência do tamanho em número de filiados de um partido, apenas representam uma política que no fundo serve para refrear o crescimento partidário por meio do burocratismo e exercer controle sobre os partidos, sobretudo dos partidos de esquerda. Cabe ao próprio partido, isso é o democrático manter a relação de filiados, se o TSE os reconheceu, não significa que não existam.

Na matéria, o órgão de imprensa da burguesia faz questão também de destacar que o MDB é o maior partido do país em termos de filiados, superando os 2 milhões, segundo o TSE, é um engodo, a filiação formal a um partido burguês como o MDB não representa absolutamente nada, esse número de filiados não representa uma força social e nem apoio eleitoral efetivo, é tão somente expressão do poder do dinheiro que conseguiu fazer com que pessoas assinassem um papel, quando muito.

Já a base do PT, que é muito maior que a de filiados é um força social importante, com sindicatos, movimentos sociais, ativistas e militantes, uma gama de organizações e pessoas que somam milhões.

A Folha apresenta, porém, a realidade de acordo com seus interesses: apresentar o PT como um partido em franca decadência, mostrar quais são seus sucessores e direcionar o voto para eles, no caso de Boulos e PSOL principalmente e ainda outros. Esse é o sentido da propaganda positiva que o cartel da imprensa capitalista faz de Boulos, podemos lembrar da matéria de revista Veja: “Boulos maior fenômeno eleitoral de 2020?”.

Isso porque esses outros partidos e personalidades não possuem força social e nem mesmo votos em grande escala, seu eventual crescimento não assusta em nada a burguesia, ao contrário corrobora, nesse momento, com seus planos de inviabilizar a candidatura e a participação do PT na frente de esquerda, substituindo-a por uma frente ampla que já está sendo articulada, ou seja, dos partidos tradicionais da burguesia com os partidos de esquerda menores, em alguns casos com a ala direita do PT, em que a esquerda, pelo apoio recebido, terá como dever fazer o povo votar na candidatura da direita.

Para isso é crucial o desmembramento dos partido dos trabalhadores, em especial da asfixia da ala constituída em torno do ex-presidente Lula, não pela sua política ou ideologia mais ou menos radical, mas pela força social que representa, força essa que é um fator de preocupação para a burguesia.

A burguesia utiliza deste truque que pode mesmo enganar os incautos, procura isolar o maior partido da esquerda, mesmo que seja uma partido moderado e insuflar, como um alento animador para a esquerda, candidaturas aparentemente, no discurso, mais radicais, na verdade o que fazem do ponto de vista prático é tentar desarticular por completo e quebrar as direções do movimento operário e popular no país que nesse momento se ligam ao PT lulista. Um candidato avulso, tenha o discurso que tiver nada pode fazer, é um joguete nas mãos da burguesia, somente o movimento das massas pode dar uma perspectiva popular de vitória na luta contra o golpe, seja a burguesia tradicional e seus partidos, seja a extrema-direita.

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