O que seria da imprensa golpista senão enganar a população a serviço dos capitalistas? Porta-voz da burguesia golpista, jornal Folha de S. Paulo apresenta-se como defensor da democracia e faz demagogia em torno de uma suposta defesa da democracia. O projeto golpista, com estreia marcada para o próximo sábado, 27, visa, através de uma campanha publicitária – apagar o extenso currículo antidemocrático do jornal burguês – e ludibriar os incautos em nome de uma suposta “defesa da democracia”.
Em cooperação com a maior indústria de desinformação e de ataques ao povo, o filme será exibido no intervalo do Jornal Nacional, da TV Globo, mais conhecido popularmente como “Jornal Nazional” pelo seu caráter abertamente fascista, juntamente com o “O que foi a Ditadura”, outro projeto da família Frias, dona do jornal Folha de S. Paulo, embora o próprio jornal tenha rotulado como “ditabranda”, colocando panos quentes nas atrocidades do regime militar. De acordo com Sérgio Dávila, diretor de redação do jornal, “o papel institucional de um jornal como a Folha é mostrar de maneira didática e sem viés o que aconteceu, para que não aconteça mais. Não há solução fora da democracia, não há caminho que não o da Constituição”. Ora, nada poderia ser mais cínico. Pois bem! A imprensa capitalista não tem limites; suas questões morais e de princípios variam conforme seus interesses materiais – sendo estes diametralmente opostos aos interesses da população.
Vale lembrar que o jornal Folha de S. Paulo foi o arauto da escalada golpista que se conflagrou na derrubada da ex-presidente Dilma – eleita democraticamente, em 2016. Àquela época, porém, não se tratava de defender a democracia, mas de servir como meio de agitação e propaganda dos golpistas, entregando o Estado ao lacaio Michel Temer (MDB) e que, por conseguinte, abriria a oportunidade do fascista Jair Bolsonaro (sem partido). Nesse ínterim, podemos destacar os ataques contra o ex-presidente Lula – a figura mais popular do país, preso sem provas numa condenação completamente farsesca – justamente por representar um entrave ao desenvolvimento do golpe defendido pelo jornal da família Frias. Suprimiu-se, assim, os direitos democráticos da população.
Essa manobra do jornal golpista, por sua vez, procura não somente apagar seu histórico reacionário, mas evitar a polarização política e direcionar os incautos para o abismo da frente ampla – colocando a esquerda a reboque da burguesia. Segundo o jornal, “o amarelo foi a cor das Diretas e, embora com variações, principalmente na camisa da seleção brasileira, tenha sido apropriado por Jair Bolsonaro e seus apoiadores, vem sendo resgatado por grupos com bandeiras pró-democracia surgidos nas últimas semanas, como o Estamos Juntos e o Somos 70 por cento, referência ao percentual apontado em pesquisas Datafolha de pessoas que não aprovam a gestão do atual presidente”.
Nesse sentido, essa campanha não passa de uma manobra para enganar os incautos, escondendo o caráter reacionário do principal jornal burguês do país. Tanto a Frente Ampla como a Folha de S. Paulo são inimigos dos trabalhadores e da população, pois ambos apoiam o programa dos golpistas – os que sempre foram e serão antidemocráticos.