Em matéria publicada pela Folha de S. Paulo, o dirigente do PCO e candidato a prefeito na cidade de São Paulo, Antônio Carlos, foi atacado por supostamente ter mentido ao declarar que Boulos defendeu o golpe de Estado, e denunciar os ataques promovidos pelos golpistas.
A matéria surge logo após a uma sabatina realizada pela Folha em parceria com o UOL. Antônio Carlos criticou as alianças com os golpistas, denunciou a cláusula de barreira, a violência policial, etc. Em cima destes temas, o jornal golpista decidiu por “inspecioná-los” por meio de sua agência “anti-fake news”, a Lupa.
A imprensa, para atacar o PCO, fraudou os dados ao colocar que o partido teria apenas candidatos em 15 capitais, quando na prática, está presente em 20. Além disso, buscou distorcer os dados apresentados por Antônio Carlos, em referência ao crescimento partidário.
O candidato do PCO, colocou de maneira clara que o partido é um dos que mais crescem percentualmente em todo País, principalmente, ligado a luta contra o golpe, pela Liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro, travados após 2016. Contudo, a Folha, buscou distorcer estas informações e basear o crescimento do PCO, no número total de filiados.
Semelhante esquema cínico foi visto nos temas “repressão policial” e “espaço eleitoral”, onde o jornal buscou apresentar divergências “factuais” com o PCO, como uma maneira de atacar sua política. No entanto, o principal destaque girou em torno do problema Boulos, ou seja, a frente ampla.
Antônio Carlos colocou na sabatina que Guilherme Boulos foi, desde o início, um apoiador do golpe de Estado de 2016, e citou inclusive, declarações na imprensa onde o mesmo afirmava que “a pior coisa que se podia fazer era apoiar a Dilma”. A partir dessa declaração, a Folha saiu em defesa de Boulos dizendo não haver menção na imprensa sobre este ocorrido.
Em resposta, o PCO apresentou as declarações na íntegra do atual candidato do PSOL, onde afirmava justamente sua posição contrária ao governo Dilma, e sua indisposição de defende-lo frente ao golpe em marcha. Porém, novamente de maneira calhorda, a Folha de São Paulo buscou apresentar justamente uma outra parte da mesma declaração de Boulos, onde não citava um apoio ao golpe, mas “apenas” atacava abertamente o governo Dilma em pleno processo golpista.
A posição da Folha é esclarecedora, há uma defesa intransigente do golpe de Estado, presente no dito “jornal da democracia”. A defesa de Boulos por parte do jornal que levanta sua candidatura como forma de isolar o PT, deixa ainda mais claro a que serve a frente ampla e sua candidatura.
Guilherme Boulos foi um dos principais apoiadores do golpe no interior da esquerda, e hoje impulsiona uma campanha nacional de aliança com esta mesma burguesia golpista. Nada poderia ser diferente, e as acusações foras da realidade vindas da Folha e sua “Agência Lupa”, demonstram a política de conjunto de toda burguesia: defender o golpe.