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Folha é fiadora de Greenwald?

As bombásticas revelações disponibilizadas para conhecimento público pelo sítio The Intercept, que tem como fundador o jornalista norte-americano radicado no Brasil Gleen Greenwald, causaram um grande alvoroço no já conturbado ambiente político nacional, marcado pela eclosão de um sem número de fatos e acontecimentos traumáticos, inéditos e sem paralelo em toda a história do país. Não há precedentes em registros históricos sobre qualquer governo que tenha atravessado, em um período tão curto de exercício a frente do poder de Estado, adversidades com este grau de turbulência e explosividade.

As primeiras revelações das mensagens, trocadas pelos Procuradores da Operação Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da décima terceira Vara Judicial de Curitiba, escandalizaram o cenário político nacional, revelando ao país o conluio golpista orquestrado pelo Ministério Público e as demais instâncias judiciais, onde todos os esforços estavam dirigidos não para o propalado combate ao “monstro” da corrupção (como enganosamente foi vendida ao público e a uma parcela da sociedade), mas para levar adiante todo um processo de perseguição política, em primeiro lugar contra o governo eleito em 2014; os dirigentes do PT, chegando até ao alvo principal de toda a “Operação”, o ex-presidente Lula, perseguido, “julgado” e condenado ao cárcere pelos algozes da Lava Jato, em um processo – que os meandros estão sendo agora revelados de forma clara e explícita – totalmente fraudulento e manipulado.

Num primeiro momento, o sítio The Intercept e seu fundador, Gleen Greenwald assumiram solitariamente o ônus da divulgação dos vazamentos, momento em que passou a ser alvo de uma avalanche de ataques e insultos, oriundos principalmente da extrema-direita bolsonarista, de modo que não faltam, neste momento, ameaças de morte ao jornalista. Sob a alegação da necessidade de ampliar a divulgação e conferir mais credibilidade às revelações, Greenwald vem buscando a parceria com órgãos da imprensa nacional, a chamada grande imprensa, os jornais impressos de grande circulação, portais e blogs também ligados a estes.

Um desses primeiros “parceiros” procurados pelo The Intercept, o jornal Folha de S. Paulo, ostenta em seu currículo recente a expertise de ter atuado como o mais insidioso e pérfido órgão da imprensa nacional nos processos que levaram ao impeachment (fraudulento) da presidenta Dilma Rousseff, a quem a “conceituada Folha” destilou todo o seu veneno para atacar e desestabilizar o governo, caluniando os principais dirigentes do Partido dos Trabalhadores, em particular a expressão maior do partido, o ex-presidente Lula, colocado em suas primeiras páginas como criminoso e corrupto, numa das campanhas mais hediondas e sórdidas de perseguição, ataques, injúrias e calúnias contra um personagem político que se tem registro na história do País.

O fato do jornal golpista vir reconhecendo a autenticidade dos diálogos trocados entre os Procuradores da “Força Tarefa” da Lava Jato e o ex-juiz agora ministro Sérgio Moro (o manda-chuva da “Operação”) não pode ser interpretado, como quer fazer crer, por exemplo, o responsável pelo “Blog da Cidadania”, Eduardo Guimarães, que a FSP está se colocando como fiadora confiável neste processo, onde múltiplos interesses estão em jogo e disputa. O movimento que vem fazendo o jornal Folha de S.Paulo é jogar com “duas camisas”; é uma no “cravo e outra na ferradura”. A “Folha” compreende muito bem o significado do caráter explosivo da atual conjuntura política do país, e por isso busca deixar um flanco aberto para aproximação com setores identificados como progressistas, neste caso aqui o sítio The Intercept, que não apoiou o golpe de Estado de 2016.

Contudo, a pergunta que se deve fazer neste momento de grande tensão política atravessada pelo país é qual o grau de credibilidade que se deve atribuir a um órgão da imprensa golpista nacional, uma verdadeira tribuna do golpe de Estado de 2016, que vem prestando todos os piores serviços não só jornalísticos, mas principalmente políticos ao país, tem para ser fiador do que quer que seja, mesmo as mais elementares e comezinhas revelações? Os vazamentos dos diálogos altamente comprometedores e criminosos trazidos à baila pelo The Intercept compõem um mosaico de denúncias que podem levar (na verdade, já deveriam ter levado) à lona o moribundo governo Bolsonaro, o que abriria uma crise ainda mais profunda no já debilitado e incapaz regime político golpista, dominado por representantes militares de extrema-direita, milicianos e traficantes, agudizando todas as contradições que emergiram com o golpe de Estado de 2016.

Deixamos aqui uma outra pergunta: O Jornal da família “Frias” está disposto a ir às últimas consequências na luta por expor toda a verdade sobre o conteúdo das conversas de juízes e Procuradores que o sítio vem trazendo e denunciando? O Jornal que atuou sordidamente para derrubar um governo legitimamente eleito e acusar de forma vil e caluniosa um ex-presidente da República pode se colocar como fiador de revelações da dimensão e magnitude destas que vem sendo apresentadas pelo jornalista Gleen Greenwald? O papel desempenhado pela Folha de S. Paulo nas jornadas golpistas dos últimos cinco anos credencia o jornal a neste momento erguer a bandeira da luta em prol de trazer à tona toda a podridão que colocou na cadeira presidencial um (mau) elemento de extrema-direita, defensor da ditadura militar de 64, admirador de torturadores, vizinho de milicianos e agora amigo de traficante internacional de drogas?

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