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Covas: da morte à morte

Foi Covas quem mandou colocar pedras embaixo do viaduto

O quadro de saúde de uma pessoa não apaga a trajetória política dela: Bruno Covas provocou diversas mortes, tendo colocado pedras para que mendigos não dormissem embaixo da ponte

Desde o início de maio, o prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), 41 anos, encontra-se internado em um dos melhores hospitais de São Paulo, o Hospital Sírio-Libanês. Nesta sexta-feira (14), o boletim médico informou que a sua situação piorou e que foi sedado pelos médicos. Seu quadro de saúde se tornou irreversível, ou seja, a chance de óbito em um curto prazo é grande. 

A imprensa burguesa dá a notícia tentando colocar Covas como um lutador contra o câncer e fazendo a famosa propaganda dos políticos da direita. Não devemos nos posicionar aqui em relação à doença, que é uma doença terrível e afeta milhõos de pessoas no mundo, em grande parte pela própria paralisia do desenvolvimento que o capitalismo condena a ciência em todo mundo, fazendo com que grandes empresas obtenham lucros enormes com a venda de medicamentos. A análise deve ser política.

Bruno Covas foi o vice-prefeito de João Doria, e assumiu definitivamente a prefeitura em 6 de abril de 2018, quando Doria se afastou para a disputa do governo do Estado. Elegeu-se prefeito na última eleição de 2020, assumindo o cargo em janeiro de 2021. Como prefeito da maior cidade da América Latina, não teve nenhuma medida factível para o combate à pandemia da COVID-19, deixando que milhares de pessoas morressem diariamente na cidade. Durante a pandemia, ele e seu partido atingiram em cheio os direitos dos trabalhadores e aposentados, como a pauta da reforma da previdência e até a remoção do passe livre para idosos no transporte público. Uma política de perseguição à população pobre. Contudo, nem um mês após a vitória no segundo turno sobre Guilherme Boulos, Bruno Covas sancionou uma lei que aumentava seu salário em 46%, chegando ao valor de mais de 35 mil reais por mês.

Porém, a perseguição aos trabalhadores, que já é tradicional da direita golpista, tornou-se em janeiro deste ano uma política de características fascistas. Bruno Covas contratou uma empresa para instalar pedras embaixo de um viaduto próximo à avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste da cidade. A obra tinha o objetivo de impedir que moradores de rua dormissem no local. As pedras foram presas ao chão por uma espessa camada de cimento, na parte debaixo do viaduto. À época, um dos trabalhadores da obra confessou: “A gente faz porque é obrigado, mas até aperta o coração tirar o teto de quem já mora na rua”. 

Foi necessário que um militante dos moradores de rua, o Padre Lancellotti, interviesse com uma picareta na mão, removendo as pedras como uma manifestação de indignação perante a atitude reacionária da prefeitura de Bruno Covas. 

“Quis mostrar nossa indignação participando diretamente da ação. Aquilo é um absurdo, uma aberração, é até ato de improbidade administrativa. Fomos para lá e agora a prefeitura começou a remover, por causa de toda repercussão” Padre Lancelotti

O problema real é que nenhuma doença, ou qualquer coisa do tipo, pode limpar a memória daqueles que sofreram e sofrem nas mãos desse genocidas do Estado. Se Bruno Covas está com câncer, isso é uma questão que não exime ninguém da política. Ainda mais: o que se sabe é que ainda não veio a óbito por estar em um dos melhores hospitais do Brasil, enquanto ele e seu partido apoiam deliberadamente a privatização da saúde numa política de extermínio da população.

Se Bruno Covas vai sobreviver ou não, isso de fato não importa no jogo político. O que importa é que ele e seu partido promovem um extermínio da população pobre, e não podemos deixar que as vidas de milhares de pessoas que morrem diariamente, devido a essa política, sejam apagadas pela vida de um único político burguês.

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