Em momentos como o atual, grandes instituições mostram como o capitalismo lida com uma crise mundial: salvando os capitalistas. O FMI, grande agiota de países, declarou que já foram gastos U$8 trilhões em ajustes fiscais no mundo todo no contexto da crise capitalista e do Coronavírus. A soma foi usada única a exclusivamente para salvar bancos e grandes capitalistas, e não tem previsão de que esse tipo de injeção de dinheiro pare, podendo ser ainda maior. Instituições como o FMI e o Banco Mundial são responsáveis pela grande maioria das dívidas públicas dos países, principalmente os periféricos, onde usam a demagogia de que estão “ajudando” os países a enfrentarem crises que o próprio capitalismo e os países imperialistas acabaram impondo aos mesmos, fazendo com que esse conjunto de nações sejam obrigadas a aceitar acordos de valores astronômicos que não beneficiam a população e sim aos grandes burgueses.
O FMI trabalha como um grande agente do capital, após os países imperialistas praticamente destruírem as economias de países atrasados, o mesmo acaba atuando como um financiador de dívidas que beneficiam banqueiros e grandes capitalistas mas toda a população paga essa dívida com medidas neoliberais extremamente violentas para com o trabalhador. Além disso, o órgão age como defensor das políticas imperialistas, prejudicando países que possam ser uma “ameaça”, principalmente se o perigo for contra os Estados Unidos. Recentemente, em meio a crise crítica que o mundo está passando, o FMI negou ajuda a Venezuela e ao Irã, países que já sofrem com as tentativas de golpes e guerras vindo dos EUA, além das restrições econômicas. Fora essas políticas, o FMI usou de demagogia na última segunda-feira (13), anunciando a suspensão de pagamento da dívida de 25 países durante seis meses, o que daria o valor de U$500 milhões. Mas a questão é que o dinheiro não é novo, apenas deixará de sair dos países durante seis meses. E se levarmos em conta a população total desses países, aproximadamente 490 milhões de pessoas, essa “ajuda” do fundo acaba saindo de um pouco mais de um dólar por habitante. Além disso, nada foi comentado sobre os outros 65 países que tiveram ajuda negada pelo fundo.
Toda essa quantidade de dinheiro que está sendo direcionada única e exclusivamente aos grandes capitalistas só agrava e acelera ainda mais a crise. Enquanto os trabalhadores recebem migalhas e a burguesia conta com a ajuda do Estado burguês e de órgãos como o FMI para lucrarem ainda mais e não serem prejudicados, a concentração de renda cresce e as contradições de classe também, e tudo isso ficará mais escancarado quando a crise passar. É preciso a união dos trabalhadores, somente um governo proletário é capaz de acabar com órgãos e políticas que apenas prejudicam e matam os trabalhadores.
