Matéria do jornal Brasil 247 destaca o alerta que o FMI (Fundo Monetário Internacional) fez para o Brasil. Dizem que o País deve estar preparado para dar apoio adicional fiscal caso a situação econômica piore com o agravamento da pandemia, nas palavras da diretora executiva do FMI.
No relatório anual para a economia brasileira ressaltaram a necessidade do governo manter o teto de gastos sob controle, estar muito atento ao risco de sustentabilidade da dívida pública e limitar os efeitos negativos da pandemia.
As autoridades devem estar atentas à necessidade de apoio adicional, caso as condições da economia piorem. E ainda elogiaram o compromisso do governo com a preservação do teto de gastos.
O compromisso do governo brasileiro com o FMI é notório. Numa semana o presidente diz que não é possível prorrogar o auxílio emergencial e em outra semana evita responder à pergunta.
Já o Guedes diz que o plano A do governo é suspender todo apoio fiscal, mas que se as coisas piorarem agirá de forma decisiva, mantendo o teto de gastos.
A dívida pública está em níveis muito elevados, devemos chegar ao final do ano próximo dos 100% do PIB, embora tanto o FMI como o governo a coloquem como 85% até 2035. E o FMI, no relatório, enfatiza que por muitos anos o país sofrerá com esse nível de endividamento e para isso propõe reformas estruturais, as ditas reformas administrativas.
Como em 2020 o congresso aprovou o “estado de calamidade”, onde as despesas para enfrentamento da pandemia e crise econômica não estão sendo consideradas para efeito da regra da manutenção do teto, que é a inflação do período. Ou seja, o teto está sendo quebrado mas não foi contabilizado.
Como a crise econômica e a da pandemia não dão sinais de recuar, é certo o aumento da dívida pública, pela necessidade do estado socorrer as empresas e manter a classe operária longe das ruas. E o FMI deixa transparecer sua preocupação com isso, alertando o governo para estar atento e agir a tempo.
Por todo o sempre o FMI tem atuado de forma incisiva nos países de capitalismo atrasado. Dizem como agir diante das crises, buscando amenizar a tendência à explosão social. Sem abrir mão de retirar tudo o que podem da classe trabalhadora. Para justificar as perdas salariais e de emprego usam o argumento de que a crise é algo como um desvio natural, negando o fato de que ela faz parte do sistema quando este já dá sinais de esgotamento, e no momento da morte também.
Na intenção de manter os lucros imperialistas, forçam sistematicamente esses governos a fazerem reformas administrativas, fiscais, tributárias e privatizações, garantindo assim que o lucro aumente nos países centrais como EUA, e Europa. Nosso sangue e suor se convertem em renda capitalista para eles.
Quando esses governos gastam além do limite com empresas não há problemas, o que na verdade não é permitido é gastar com o trabalhador, o pobre, o negro, o favelado. Quem desrespeitar essa regra é retirado imediatamente do governo, com golpe de estado, fraudes eleitorais, assassinatos e etc.
Por isso é necessário que a classe trabalhadora esteja organizada em conselhos populares nas empresas, nos bairros, nas escolas e elaborar uma pauta de necessidade imediatas e de maior prazo, sair às ruas e lutar por elas até o fim.