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Lobbie da morte

Flamengo e Vasco visitam Bolsonaro pela volta do futebol

No dia que se reconheceria a morte de mais de mil pessoas, foi realizado um almoço com dirigentes de futebol e Bolsonaro.

Duas das maiores torcidas de futebol brasileiro, flamenguistas e vascaínos, foram ofendidas quando os presidentes dos seus clubes, Rodolfo Landim e Alexandre Campello, foram até a capital federal para encontrar com o principal lobista do emprego da cloroquina no tratamento da Covid-19.  A justificativa era verificar a “possibilidade” que os atletas das duas agremiações passem a treinar em Brasília (DF) e até realizar jogos no Mané Garrincha, mesmo que não exista nenhuma previsão do retorno do campeonato carioca.

Assim, estes dirigentes, dominados por uma mentalidade em garantir ganhos econômicos mesmo que não sejam remunerados oficialmente por estes cargos, querem mostrar que seria possível o retorno dos jogos para conseguir receber os valores esperados pelos patrocinadores e pela transmissão das partidas. Ainda que a Diretoria do Flamengo não tenha entrado em um acordo com a Rede Globo pela transmissão dos seus jogos tanto no Carioca como na Libertadores.

Mostrando a total despreocupação com a situação brasileira frente a epidemia do coronavírus, no dia que se reconheceu a morte de mais mil brasileiros e brasileiras, foi realizado um animado almoço com mais dez participantes, entre eles o réu confesso Roberto Jefferson, presidente do PTB, e o ator e comediante Mário Frias sem observar um espaçamento entre os convivas.

A irresponsabilidade sobre os riscos de contágio não ficou restrita a este comportamento individual visto que os garçons estavam trabalhando sem equipamento de proteção individual como mascaras o que acaba estendo o risco de exposição às famílias destes trabalhadores que não podem ficar em casa como considera ser o ato cívico defendido pela esquerda pequeno burguesa.

A situação se torna mais esdrúxula porque um dos motivos alegado para o encontro seria a solicitação de um protocolo ao Ministério da Saúde que possibilitasse o retorno dos jogos ao exemplo da Bundesliga (Liga Alemã de Futebol).

Omitindo que a Alemanha teve aproximadamente 177 mil infectados, 8 mil óbitos totais e como menos de cem falecimentos diários na última semana, além de ter realizado  mais de 1, 7 milhão de testes na população. Ainda assim vale ressaltar que várias associações alemãs  de torcedores criticaram o retorno dos jogos sem torcida para atender aos interesses de clubes e das emissoras de televisão. Um cenário bem diverso do brasileiro com mortes crescentes, subnotificações de casos,  poucos testes, falta de ventiladores de respiração, denúncia de desvio de verbas da saúde, mortes de enfermeiros e médicos e entrega de hospitais de campanha em atraso.

Mas a presença de, pelo menos, dois médicos no almoço, Márcio Tannure, coordenador médico do Flamengo, e Alexandre Campello, medico de profissão, não estimulou  em adotar as chamadas medidas de proteção, tanto que na foto divulgada na rede social do médico flamenguista visto que todos estão bastantes sorridentes sem máscaras e próximo um ao outro.

Esta foto de pura propaganda com Bolsonaro, que se diz palmeirense, mas usou camisas de todos os times possíveis para fazer demagogia durante a campanha presidencial, vestido com a nova camisa n° 2  do  Flamengo e seu filho mais velho, o atual Senador Flavio Bolsonaro, amigo do sumido Queiroz e brigado com o seu suplente o delator empresário Paulo Marinho, envergando a camisa do Gigante da Colina, aumentou o grau de ofensa ao genuíno amor dos seus torcedores com esta postura. Nenhum dos dois são verdadeiros torcedores destes times e nem tomaram medidas efetivas para garantir a sobrevivência dos trabalhadores que dependem da realização dos jogos durante  a pandemia.

Muito ao contrário, facilitaram a demissão de funcionários e atletas, a redução de salários e a suspensão de contratos, bem como não criaram estímulos de socorros para as agremiações esportivas.

Ainda assim, este momento de crise mostra que as torcidas devem se organizar e assumir o controle dos seus clubes do coração, para que evitar aproveitadores ou aspirantes a políticos busquem a usar seus times como plataforma eleitoral ou balcão de negócios.

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