A política genocida do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro e do restante da direita, que até pouco tempo era “científica”, pode tirar a final da Libertadores do Maracanã. O Brasil é o líder absoluto – e por muito – em número de mortes e infectados pelo COVID-19 na América do Sul. Por isso, quando perguntado sobre a final no Maracanã, em entrevista à Rádio Rivadavia, Alejandro Dominguez, presidente da CONMEBOL, vinculou a realização da final no Maracanã a depender do desenvolvimento da doença no país. Não é preciso ser cientista para saber que a situação do Brasil é a pior possível e não há previsão de melhora enquanto a direita estiver no poder. Os números de enterros diários não param de crescer, apesar dos números “oficiais” sobre a doença dizerem o contrário. Isto torna claro a política do governo e, por conseguinte, da burguesia de colocar o problema da pandemia para baixo do tapete. A final em jogo único mostra um certo “acadelamento” da CONMEBOL, que ignora as questões geográficas e econômicas da América do Sul e tenta imitar a UEFA, ao invés de valorizar a identidade única da Libertadores da América e demais competições. Apesar da discordância sobre o jogo único, é ridículo, se não humilhante, que até o direito de ter a final no Maracanã o Brasil perca. Para o país do futebol, seria bastante interessante ver um clube nacional ganhar o título no estádio mais importante do continente. Seria um tapa na cara dos direitistas brasileiros se a final fosse para Caracas, lugar onde a pandemia já está controlada graças às políticas do governo Maduro. Em contraste a posição da CONMEBOL, no Brasil, governo, cartolas e capitalistas forçam, de toda maneira, a volta do futebol, especialmente sem torcida. Chega a parecer surreal a CONMEBOL, entidade conhecida por sua pouca (ou nenhuma) transparência, ter a posição correta em alguma coisa. Se a CONMEBOL não admite a segurança para que os jogos da Libertadores ocorram, especialmente no Brasil, fica claro como a água que os capitalistas e dirigentes do futebol nacional estão nem aí para a questão da saúde e apenas pensam em como forrar os bolsos. Mais até do que a questão da saúde, também há a destruição do futebol como fenômeno cultural. Os estádios, que já estavam, cada vez mais, vazios, agora terão jogos sem público. Para os capitalistas, quanto menos povo, melhor. Portanto, fica óbvio que a política da direita, especialmente do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, traz desgraça não apenas para a saúde, a educação e a economia, mas também para a cultura. Por isso, é mais do que hora de ir às ruas e derrubar os golpistas!