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Fim do auxílio: população de Alagoas não terá nem gás de cozinha

O auxílio emergencial era a única renda para cerca de 36% das famílias brasileiras, ou seja, bem mais que 1/3 da população

O País está em frangalhos. Este que já foi a 6ª maior economia do mundo, agora é candidato ao 13ª lugar sob o governo da direita, que tem como política garantir o lucro dos grandes tubarões capitalistas e atacar a estabilidade do emprego do trabalhador com retirada de direitos.

Os dados do desemprego batem recordes e a população trabalhadora, seja ela de classe média ou pobre, é proletarizada, ou seja, tem seu trabalho desvalorizado ou facilmente substituível, migrando assim para a pobreza e a fome. Quem conseguiu manter seu emprego, o fez sob duras penas, tendo que acatar a redução imposta pelo patrão, e apoiada pelo governo Bolsonaro.

O início do ano de 2021 promete um desafio ainda mais nefasto para os trabalhadores brasileiros. O desemprego não apresenta perspectivas de melhora, o coronavírus ainda está em alta batendo recordes de contaminados todos os dias e o congresso, à serviço da direita e dos empresários, cortou de uma vez por todas o auxílio emergencial, o que deve levar o país a situação de terra arrasada.

No conjunto de favelas do Mundaú, onde moram trabalhadores pobres na beira do rio, em Alagoas, Maceió, os moradores voltarão a receber o Bolsa Família e já preveem a volta da fome. Lucileide Ferreira, 43, que mora em um barraco no local com quatro filhos e uma neta e comenta: “Carne? Só se for de cavalo ou se eu matar um gato desses. Vou voltar ao ovo de novo”.

Os valores do Bolsa Família são irrisórios e giram em torno de 190 reais. E com o aumento do preço da cesta básica o valor condena de certo as famílias à fome no conjunto. O auxílio emergencial era a única renda para cerca de 36% das famílias brasileiras, ou seja, bem mais que 1/3 da população.

Outra moradora, Laura Maria, 22, mãe de dois filhos e que mora em um pequeno barraco, conta que “Quando o bujão de gás acabar, vou voltar ao fogo à lenha porque não vou ter R$ 80 para pagar um novo”. A população que vive à beira da lagoa Mundaú estão na mesma situação. Laura recebe R$ 185,00 de Bolsa Família e declara que não dá mais para comer nem galinha, porque também aumentou.

Existe, na tentativa de amenizar a situação, uma atividade de pesca na comunidade, que consegue peixes e marisco na lagoa para a alimentação, mas que já, já também será extinta. Daniela Santos, 31, declarou: “Eu ganho R$ 185 de Bolsa Família, e se não derem aumento vai mudar muita coisa. O sururu já está acabando da lagoa, nossa renda extra é muito pequena. Não sei o que será”

Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatasse que na média de 22 regiões metropolitanas do País, os 40% mais pobres perderam mais de 1/3 de sua renda, ou seja, 32,1%; os 50% intermediários perderam 5,6%. Entre os mais ricos, houve um aumento da riqueza em 9 estados no Brasil.

Segundo um ranking da ONU sobre a riqueza no Brasil no ano de 2019, o País era sétimo país mais desigual do mundo e o segundo com maior concentração de renda: o 1% mais rico centraliza 28,3% de toda a riqueza do país. Ou seja, apenas 2 milhões de pessoas, num total de 210 milhões de brasileiros, concentram cerca de 1/3 das riquezas do país. Imagina-se como a situação se encontra em 2019. Os números já superam períodos de grande crise na história do País, como durante a década de 70.

Os dados oficiais informam que 39% da população brasileira solicitou o auxílio emergencial, sendo que apenas 81% foi contemplada. Segundo o governo mentiroso da extrema-direita, 70 milhões de solicitações foram atendidas, o que teria deixado “apenas” mais de 10 milhões a depender da sorte. No entanto, é só fazer os cálculos e saber que menos de 67 milhões receberam algum auxílio. Bem, é preciso tomar esses dados apenas como referência para imaginar uma situação bem mais devastadora. Houve pessoas que não receberam por todo o período, tendo acesso a apenas uma ou duas parcelas e, além disso, o auxílio foi cortado ao meio, o que já teria lançado a população, aos montes, sob o julgo da sorte.

Pois bem, diante de um verdadeiro desastre econômico no qual a sociedade brasileira está se afundando, o presidente fraudulento e completamente impopular, Jair Bolsonaro, debocha da situação dos trabalhadores e nos faz entender que essa é mesmo a política da extrema-direita para os ricos e, para os pobres, fome. A política é de extermínio da classe trabalhadora pobre que morre nas filas do SUS. O que a extrema-direita está fazendo é um verdadeira genocídio. Já passamos de 193 mil mortes por coronavírus, inclusive voltando ao patamar anterior de mais de mil mortes por dia, como mostraram os números de ontem (30).

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