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Penúria

Fim do auxílio emergencial vai abandonar 38 milhões de pessoas

Ataque tendem a aumentar exponencialmente o sofrimento do povo, fruto de uma situação criada pela força e que só com a força dos trabalhadores pode ser superada

Segundo uma estimativa elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 38 milhões de brasileiros podem entrar em uma espécie de “zona cinzenta” entre a pobreza e a miséria, resultado da política de corte no auxílio emergencial. O número refere-se ao total de pessoas que hoje recebem o auxílio mas são desassistidas de outros programas sociais, sendo pobres demais para ter uma vida minimamente digna mas não o bastante para receber auxílios governamentais.

Esta é a avaliação dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, Lauro Gonzalez, Bruno Barreira e Leonardo José Pereira. Ao jornal capitalista Folha de S. Paulo, destacaram que “esse contingente populacional não é tão pobre de forma a atender os critérios para o enquadramento no Bolsa Família, tal qual o programa é desenhado hoje, mas tem um conjunto de características que são bastante associadas a uma grande vulnerabilidade, sobretudo diante de variações na economia” (“Fim do auxílio emergencial deve deixar 38 milhões sem assistência, diz FGV”, 6/10/2020, Folha de São Paulo).

Ainda sobre o contingente humano em vias de total abandono, pela política econômica adversa e pela falta de subsídios sociais para lidar com a miséria crescente, os pesquisadores lembram que “vivemos uma era marcada pela economia do bico, pelo aumento da informalidade, por rendas que são tipicamente variáveis, e não constantes”.

O total de brasileiros que receberam ao menos uma parcela do auxílio emergencial, segundo a Folha, somam 67 milhões de pessoas, o que implica em mais de um terço da população dependendo da assistência social. Um número muito expressivo mas ainda inferior ao total de brasileiros fora do mercado de trabalho, cerca de 74 milhões segundo a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada em 2/10, numa demonstração concreta de que a penúria vivida pelos trabalhadores brasileiros é muito pior.

É preciso destacar ainda que o empobrecimento acentuado da classe da trabalhadora brasileira nem de longe comove a burguesia. Ao contrário disso, o País inteiro assistiu às idas e vindas do governo federal, pressionado pelo crescimento da pobreza extrema por um lado e enfrentando a oposição radical dos grandes capitalistas diante da tentativa de criar um programa social para mitigar de alguma forma o resultado natural da política econômica golpista.

Expostos ao desemprego crônico, mergulhados na conjuntura econômica mais adversa na história do Brasil, ameaçados pela carestia e pela fome, esse contingente populacional de trabalhadores, digno de uma nação, não terá um destino muito diferente com a continuidade do regime de interesses que se instaurou pela força com o golpe de 2016, e que somente com a força da classe trabalhadora mobilizada poderá ser derrubado.

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