O relatório do Banco Central “Focus”, mostra os indicadores econômicos inflação, PIB, taxa básica de juros, dólar e balança comercial do país. Nele, os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o ano de 2020, de 3,02% para 3,20%.
É a décima terceira alta consecutiva, chegando a nível recorde em setembro e em outubro. A pandemia e a recessão econômica fizeram recuar, mas com a retomada da economia e a alta do dólar voltaram a acelerar. A expectativa é que termine o ano abaixo de 4%.
Em relação ao PIB, a estimativa de queda mudou de 4,81% para 4,80%. O Banco Mundial prevê queda de 5,4% e o FMI queda de 5,8%. Explicam que a pandemia tem levado a economia mundial rumo à recessão. O IBGE divulgou queda de 9,7% do PIB brasileiro no segundo trimestre do ano, e diz que é a maior queda desde o início do indicador trimestral.
Com relação à taxa básica de juros, como ela se manteve em 2% ao ano, o mercado estima que será de 2,75% ao ano em 2020. A projeção para o dólar ficou em R$ 5,45. Para a balança comercial diminuiu a expectativa de saldo positivo de US$ 58,7 bilhões para US$ 57,9 bilhões. São os dados de matéria do jornal G1 da Globo.
Em outra matéria o jornal anuncia que o mercado de trabalho em outubro continuou a recuperar, embora a um ritmo menor, segundo o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getúlio Vargas. Isso é devido ao fato de que o auxílio emergencial encerra em dezembro.
O Indicador Coincidente de desemprego (ICD) se manteve estável ao nível 96,4 pontos. A melhor situação deste indicador é quando o nível fica mais baixo. A estabilidade deste indicador sugere que haverá piora na taxa de emprego. O mercado de trabalho é o último indicador a mostrar sinais de recuperação na economia. No trimestre encerrado em agosto o desemprego bateu recorde e foi a 14,4% com 13,8 milhões de desempregados.
Enfim, todos os indicadores econômicos apontam para uma piora na situação do País. Temos a recessão econômica que somada com a pandemia, agrava ainda mais a situação.
A esmola dada pelo governo para os setores mais pobres da classe trabalhadora impediu uma penúria maior mas agora, com o fim desse auxílio, a situação se agrava, trazendo muitas repercussões negativas na economia.
O povo encontra-se em situação ameaçadora, seja pelo contágio do coronavírus (especialmente letal contra os mais pobres) ou o desemprego generalizado trará fome e miséria. O governo nada faz para pelo menos amenizar o sofrimento da classe trabalhadora. Nem política de combate ao desemprego e nem pandemia.
A única saída viável, portanto, é a mobilização da classe trabalhadora pelo fora Bolsonaro, o organizador principal de todos os ataques contra os trabalhadores, que não se nega a disponibilizar mais de 1,2 trilhão de reais aos bancos e grandes empresas enquanto se nega a manter um auxílio irrisório aos trabalhadores, sob o argumento mentiroso de que não há dinheiro.