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Desemprego e miséria

Fim do auxílio emergencial é contagem regressiva para o conflito

Como o fim do benefício mais de 27 milhões cairão na extrema pobreza, como se as cidades do Rio, São Paulo e BH todas estivessem nessa situação, um verdadeiro barril de pólvora

Uma pesquisa do instituto da burguesia, Datafolha, divulgada na segunda (25) informa que 69% dos brasileiros que conseguiram receber o auxílio emergencial não encontraram outra fonte de renda.

Segundo matéria do Brasil 247, 40% da população brasileira solicitou o benefício e entre os que foram aprovados para receber, 89% já receberam todas as parcelas. O que significa que 11% ainda têm parcelas em atraso em meio à pandemia. 

Ainda informam que 18% dos que se inscreveram não receberam nada ainda. E entre os que receberam, apenas 38% guardaram uma parte do auxílio para usar quando acabarem as parcelas.

Em outra pesquisa do órgão, em dezembro informaram que 36% dos beneficiados pelo auxílio tinham essa como a única fonte de renda.

Após seis anos, em 2020, o Brasil voltou à péssima marca de 14 milhões de famílias na miséria, cerca de 40 milhões (próximo de 20% da população) com renda mensal por pessoa de até R$ 89.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicou em novembro passado que 13% da população deixou de comer por falta de dinheiro para comprar comida durante a pandemia. Isso equivale a 27 milhões de pessoas.

Com o fim do auxílio emergencial, Bolsonaro vai empurrar 3,4 milhões de pessoas para a extrema pobreza, conforme divulgação de pesquisa pelo jornal O Estado de S. Paulo.

E o Brasil chega à marca de 17,3 milhões de pessoas em 2021 na faixa de extrema pobreza, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar disso o presidente Bolsonaro em entrevista a seus apoiadores no Palácio da Alvorada na segunda-feira, disse que o auxílio é emergencial, não é duradouro ou vitalício, como uma aposentadoria. Sem levar em conta que as mortes pela pandemia continuam crescendo. Disse que lamenta que pessoas estão passando necessidade mas a capacidade de endividamento está no limite.

São mais de 27 milhões de pessoas na extrema pobreza num país que está entre as dez maiores economias do mundo, conforme os dados da Unicef. Isso equivale à soma da população das cidades de São Paulo, Rio e Belo Horizonte, todos vivendo com renda menor que US$ 1,90 por dia, o que equivale a R$ 10,20 ao dia e R$ 308 por mês, pela cotação do dólar de hoje.

Se considerarmos que os dados representam a realidade, já é bastante triste que isso esteja acontecendo, porém duvidamos que os dados não sejam ainda piores, como todas as manipulações da informação que o estado, a imprensa oficial e demais órgãos fazem a décadas, inclusive com os dados subnotificados da covid-19.

Considerando que estamos em pleno crescimento dos casos de infecção pela covid-19 e uma crise econômica gigantesca que se arrasta desde 2008. O desemprego batendo recorde histórico, empresas fechando diariamente e até as multinacionais gigantescas deixando o país, a inflação voltando com toda a força principalmente nos alimentos básicos da população, tudo isso cria um cenário dos mais catastróficos imagináveis.

Enquanto isso as boas notícias são para os 10% mais ricos, conforme noticiado na imprensa, mesmo com a pandemia e a crise econômica aumentaram o volume de seus trilhões guardados bem seguros nos bancos. Ao mesmo tempo que os salários vêm sofrendo queda de valor relativo, pela inflação alta, e também de valor absoluto, com a redução de horas trabalhadas durante a pandemia.

Com o aumento da situação péssima, para os trabalhadores, a sociedade torna-se um barril de pólvora com o pavio já aceso, pronto para estourar. À população sem renda, sem emprego, sem atendimento médico, sem vacina, sem perspectivas de onde encontrar recursos para continuar sobrevivendo, terá na ordem a implicação inevitável de se rebelar contra o regime.

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