Os Estados-Unidos estão planejando faz tempo alguma maneira de entrar em um conflito mais direto com a Rússia, já que estão vendo que o presidente do país, Vladimir Putin, não está disposto a abrir mão da soberania e política do país para se submeter às vontades da burguesia estrangeira.
Assim sendo, o imperialismo está fazendo esforço para aglomerar dentro da Organização do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar das grandes potências imperialistas, diversos países pequenos em torno da Rússia para cercear o país. Mas não só isso, toda a campanha contra o governo russo, como a de que Putin teria interferido nas eleições norte-americanas, e também os conflitos travados em outros países, como na Ucrânia, na Síria e na Turquia, demonstram que um grande conflito se prepara entre os Estados Unidos e a Rússia.
Recentemente, no Sábado (20), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a retirada dos Estados-Unidos do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, em inglês) assinado com a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) – hoje, Rússia. O tratado foi assassinado em 1987, pelos presidentes dos EUA e da URSS, Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev. O tratado tinha como interesse a eliminação de armas e mísseis nucleares de porte médio (entre 500 e 5 500 km), e estabelecia uma permissão para que os governos pudessem fiscalizar o outro para ver se estava sendo comprido.
Apesar de se tratar de uma capitulação do governo soviético na época, o fato de que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esteja declarando a saída do pacto, indica que o imperialismo já está se preparando para combater o nacionalismo russo de Putin de outra maneira, de uma forma mais violenta, através da guerra aberta.
Com o agravamento da crise do imperialismo mundial é natural que os representantes desses interesses estejam desesperados, procurando medidas mais imediatas e agressivas contra a população. É isso que explica os diversos golpes de estados e guerras que surgiram nestes últimos anos.
O analista russo Pavel Felgenhauer disse, em entrevista à Deutsche Welle, que os principais prejudicados pela saída dos norte-americanos do tratado seriam os próprios norte-americanos, pois segundo ele os russo têm se destacado no desenvolvimento tecnológico e militar, fazendo com que o poder bélico do país tenha aumentado exponencialmente nestes últimos anos.
Fica óbvio que o imperialismo está numa profunda crise em nível internacional. Esta crise está se arrastando e levando ao buraco cada vez todo regime montado no final dos anos 80 e nos anos 90, quando o imperialismo conseguiu conter o movimento operário internacional.
Portanto, todo o regime está se esfarelando, reforçando as contradições existentes entre os mais diversos setores da burguesia, da pequena-burguesia, e dando espaço ao surgimento de uma política independente e operária, isto é, revolucionária. A tendência é o aprofundamento da crise, inclusive com uma nova bolha econômica e crise das bolsas de valores, segundo os próprios economistas burgueses, e sendo assim um acirramento da luta de classes.