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Perseguição às torcidas

Fim das torcidas, a quem interessa?

Senadora do PSB quer ampliar leis para reprimir ainda mais as torcidas organizadas

Desde o golpe de Estado de 2016 e mais particularmente depois da chegada ao Palácio do Planalto do candidato de extrema direita, via eleição fraudada e manipulada, não houve um só terreno no qual os obscurantistas brasileiros não buscassem deixar sua marca reacionária. Tem sido uma constante os ataques ao livre direito de expressão, reunião e manifestação, assim como o cerceamento às liberdades democráticas formalmente ainda existentes no texto constitucional. Atualmente, os direitos e garantias individuais da cidadania figuram cada vez mais como letra morta inscrita na carta magna.

Muito tem contribuído para a ofensiva da direita retrógrada no país a atuação da chamada “esquerda progressista” agrupada nos partidos com representação parlamentar, assim como outras entidades que se reivindicam como representantes das lutas populares. Em várias iniciativas a esquerda brasileira tem se alinhado aos setores direitistas, seja na atuação parlamentar ou extra-parlamentar, apoiando ou mesmo propondo leis que atacam os direitos democráticos da população. Dessa forma, ao invés de denunciar e combater os intentos golpistas da extrema direita, os setores ditos “progressistas” atuam como força auxiliar dos reacionários na cruzada obscurantista contra o povo e toda a nação.

Um exemplo inequívoco desta política contrária aos interesses da maioria da população ocorre dentro do parlamento. Um caso clássico deste alinhamento com a direita congressual, neste momento – embora pudéssemos citar aqui dezenas de outros – está explicitado no Projeto de Lei que acaba de ser aprovado no Senado Federal, prevendo um aumento da punição às torcidas organizadas de futebol, o espote de maior apelo popular no país. A relatora do famigerado Projeto, a senadora do PSB-DF, Leila Barros, a “Leila do Vôlei”, incluiu no texto final um conjunto de outros itens ainda mais draconianos, que prevê o aumento de três para cinco anos de punição para as torcidas que: a) invadir local de treinamento; b) brigar com torcedores ou induzir o confronto entre eles; c) praticar crimes contra atletas, árbitros, fiscais, organizadores de eventos esportivos e jornalistas, mesmo que esses não estejam atuando ou envolvidos com a competição (G1, 30/10).

As torcidas organizadas, junto a outros setores da população vem, no último período, se colocando como um elemento a mais de contestação aos golpistas que usurparam o poder via golpe de Estado. Os protestos nos estádios nacionais ganharam uma enorme dimensão e as “organizadas” se impuseram, onde o grito de guerra das torcidas é francamente de oposição e confronto contra o governo de Jair Bolsonaro. O presidente fraudulento costuma aparecer em jogos do campeonato brasileiro para tentar se passar como popular, mas a realidade é que toda vez que isso acontece, Bolsonaro é hostilizado e xingado pelo público torcedor presente aos estádios, manifestação que deixa claro o repúdio da população ao seu governo de fome, miséria e ataques aos direitos da maioria do povo brasileiro.

As restrições que estão sendo impostas ao direito de livre manifestação e expressão das torcidas nos estádios e até mesmo fora deles é um primeiro passo para o banimento por completo das “organizadas”. É este o propósito das leis ainda mais repressivas que o reacionário Senado Federal está propondo. O Projeto será agora encaminhado à sanção para ser ratificado ou não pelo ocupante clandestino do Planalto.

O ampliação das penas propostas pela senadora do PSB-DF ao Projeto é mais um degrau na escalada reacionária do regime burguês-golpista contra os direitos democráticos da população e está claramente direcionado a amordaçar, reprimir e sufocar o grito da população pobre e explorada do país contra o governo direitista dos banqueiros, da extrema direita e do imperialismo. As torcidas organizadas não devem se curvar a mais este ataque vil contra o seu direito inalienável à livre expressão e reunião, onde quer que seja, dentro e fora dos estádios. Neste sentido, exortamos as torcidas a organizarem protestos massivos em todos os estádios do país para exigir o fim da perseguição e pela garantia ao livre direito de manifestação.

 

 

 

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