Nesta segunda (5), a fabricante multinacional sul-coreana LG anunciou que irá encerrar a produção de celulares em todo o mundo. O motivo alegado são os prejuízos acumulados da ordem de US$ 4,1 bilhões ao longo de 23 trimestres consecutivos até o fim do ano passado. De acordo com declaração à imprensa realizada pela empresa: “Depois de avaliar todas as possibilidades para o futuro do nosso negócio de celulares, o Headquarter Global decidiu por fechar esta divisão a fim de fortalecer sua competitividade futura por meio de seleção e foco estratégico”.
A fábrica da LG localizada no município de Taubaté (SP) é produtora de monitores e celulares e conta com cerca de mil funcionários, das quais 400 trabalhadores operam diretamente na produção que está sendo encerrada.
Os trabalhadores de Taubaté decretaram “estado de greve” no último dia 26 de março já com os rumores desta situação, situação que agora tem de partir para a radicalização do movimento, ultrapassando a política capituladora da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau).
Há menos de um mês a multinacional japonesa Sony com sede em Manaus anunciou também o encerramento da produção de eletrônicos no Brasil. Juntando-se a debandada capitalista, em janeiro a Ford anunciou fechamento de todas suas fábricas em janeiro, depois de já ter encerrado a produção em São Bernardo, no ABC Paulista. Agora fechará as fábricas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), atingindo mais de 5.000 trabalhadores.
Esse é resultado da política golpista da direita nacional encabeçada por Jair Bolsonaro, que está levando o país a sua desindustrialização. A política levada a frente por Jair Bolsonaro tem o objetivo de desmontar toda a estrutura social e econômica local para manter a lucratividade dos mercados a quem servem, mesmo que isso signifique desemprego em níveis estratosféricos, aumento generalizado da miséria e nenhum direito trabalhista ou mesmo político e individual.
Diante desse programa de ataques à economia nacional e do brutal ataque às condições de vida da classe trabalhadora, a saída necessária é o fortalecimento e ação imediata das organizações operárias para manter as condições de vida dos trabalhadores.
Para a sobrevivência da classe operária, os trabalhadores de Taubaté – já atingidos pela Ford e agora com o fechamento da LG, em meio a falta de ação contundente das direções sindicais, como a do Sindmetau – precisam se mobilizar para que a crise seja paga pelos golpistas e seus empresários. É preciso que os trabalhadores paralisem imediatamente as atividades e organizem a ocupação da fábrica. Os exemplos da falta de luta contundente na Ford, já mostraram aonde vai o resultado: para o desemprego. Garantir os empregos dos trabalhadores da LG, com a greve e ocupação já!