Existe no Brasil desde sempre, só que mais acirrada nos tempos de hoje, uma política coordenada e consciente para destruir a cultura nacional e na última sexta-feira, dia 29, ficou mais específica essa destruição do setor cultural do cinema, com uma proposta feita pelo governo para simplesmente fechar a Cinemateca Brasileira. Na cidade de Brasília, no Distrito Federal, essa reunião foi realizada entre representantes da secretaria especial da Cultura e Audiovisual e da direção da Fundação Roquette Pinto (Acerp).
O governo atual é um governo com características fascistas, ou seja, reacionário, comandado por velhos malditos, que trabalham para os bancos, para os grandes monopólios, para o próprio bolso. A cultura faz parte daquilo que rejuvenesce e que ajuda a revolucionar de certa maneira, o cinema então, constitui em um dos mais variados modos de expressão cultural da sociedade, no caso a que nos encontramos, uma sociedade industrial e tecnológica contemporânea. É considerado desde de os primórdios, como uma poderosa ferramenta para instrução, educação e reflexão humana.
A cinemateca, sediada em São Paulo é o órgão responsável pela memória do cinema e audiovisual brasileiro. A proposta do governo prevê de maneira simples, por assim dizer, a rescisão do contrato e o fechamento da Cinemateca e a interrupção de todos os projetos em andamento. Uma das desculpas para o fechamento é a cobrança de cerca de R$ 11 milhões que o governo tem com a entidade, ainda referente a 2019. Mesmo com a rejeição da proposta pelos representantes da Acerp e também pelo acionamento do conselho administrativo para tomar medidas judiciais, o que não ajuda em nada, pois a gente sabe que os órgãos jurídicos foram criados para trabalhar para a burguesia, assim como a polícia que serve para oprimir os mais simples.
O cinema pode servir como um instrumento de educação da sociedade, sem esquecer também que uma das principais função do cinema é movimentar as emoções do seu público. A obra cinematográfica nos sensibiliza, ensina, encanta e nos faz feliz. “O cinema é encantador, único, impactante e um grande facilitador de reflexões e emoções”, afirma a psicóloga Josiane Zhaga, de São Paulo, que sempre utiliza filmes para trabalhar as percepções, emoções e realidades diversificadas. Diferente dos interesses da classe dominante deste sistema que na verdade só trabalha para acumulação por parte da empresas privadas que supera de tal forma, o poder do Estado, gerando mudanças em toda parte, em toda organização social, afetando em última análise, as formas de organização de nossa subjetividade.