O diretor de cinema Barry Jenkins, que dirigiu o filme Moonlight (indicado ao Oscar em 2016), retorna às telas do cinema com o filme “Se a rua Beale falasse”, explorando o tema do racismo nos EUA. O filme retrata o racismo e o avanço da extrema direita nos Estados unidos na década de 60 e já está na lista dos melhores do ano.
“Se a rua Beale falasse” acompanha o drama vivido um por um casal de jovens negros (Fonny e Tish), que é separado após a prisão arbitrária e injusta de Fonny. O filme é baseado num romance de James Baldwin, e consegue transmitir com fidelidade e sutileza a realidade da vida dos negros nos Estados Unidos num período em que a extrema direita atuava violentamente contra essa parte da população.
Um dos pontos importantes levantados pelo filme é a influencia do racismo nas instituições do Estado burguês, visto que a condenação de Fonny é atravessada pelo preconceito racial que marca a opressão do povo negro. Durante o filme a namorada de Fonny, Tish, luta para provar a inocência de seu parceiro e denunciar os abusos que ele vem sofrendo na prisão.
Assim como o longa “Infiltrado na Klan”, de Spike Lee, “Se a rua Beale falasse” denuncia como as próprias instituições burguesas atuam como mecanismos de opressão e exploração do povo negro. O drama promete ser um dos melhores filmes do ano e recebeu três indicações ao Oscar (Roteiro Adaptado, Atriz Coadjuvante e Trilha Sonora).