Um fator que será decisivo para toda a luta política contra o golpe de Estado em curso no país é a capacidade com que os setores mais avançados dos trabalhadores compreendam em toda sua dimensão o papel da luta de classes em curso no país. O problema da correlação de forças entre as classes sociais e qual a política que deve responder a cada momento dessa luta no sentido de fazer avançar a consciência do conjunto dos oprimidos.
Vivemos no país uma situação privilegiada do ponto de vista da história. A luta entre as classes sociais é absolutamente cristalina. O imperialismo e a grande burguesia nacional, diante da profunda crise capitalista, pretendem a todo custo subjugar a população trabalhadora brasileira numa dimensão nunca antes vista. Por outro lado, essa situação permitiu fazer avançar a consciência de classe de uma parcela da população de uma forma que experiências que poderiam levar anos, são alcançadas em dias ou poucos meses.
Um elemento que fez e está fazendo toda essa diferença é a presença ativa do Partido da Causa Operária na cena política do Brasil.
Quando o Partido denunciou ainda em 2012/2013, que a burguesia tinha tomando a decisão de varrer com o PT da cena política e que essa situação abria a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil, a esquerda de uma maneira geral tachou a posição do Partido como “alarmista”, “fantasiosa”, para não citar outros adjetivos mais depreciativos.
O que se assistiu no transcurso desses poucos anos foi uma avalanche contra o PT. O imperialismo, banqueiros, Fiesp, os meios de comunicação, os poderes do Estado, todos promoveram uma das campanhas mais insidiosas contra o PT, seus dirigentes e a esquerda em geral.
Por todo esse período o PCO foi o Partido que fez a diferença. Primeiro pela absoluta clareza política. O partido foi capaz de apontar a cada momento da situação política todo o desenvolvimento do golpe, as disputas políticas dentro do próprio golpe e, acima de tudo, o equívoco central do PT de a cada momento buscar dentro das próprias instituições golpistas uma saída para o golpe de Estado.
Mas essa clareza política seria absolutamente secundária se não tivesse vinculada a uma ação política. E nisso o PCO também foi decisivo. Fomos os primeiros a lançar e impulsionar os comitês de luta contra o golpe. Lançamos a campanha pela anulação do impeachment juntamente com dezenas de comitês contra o golpe, fomos decisivos para a realização dos atos de Curitiba, além de impulsionar o ato de Porto Alegre e o último de São Bernardo. Em todos esses momentos distribuímos milhões de panfletos e adesivos, colamos milhares de cartazes, sempre buscando envolver a militância que queria lutar contra o golpe.
Agora entramos numa etapa decisiva do golpe, onde a clareza e ação serão decisivos para a derrotar o golpe. Por isso fazemos um chamado a toda a militância que acompanhou a nossa política nessa última etapa a vir se somar nessa luta. Agrupar todos as pessoas que concordam com a necessidade de lutar contra o golpe, lutar contra a cassação dos direitos democráticos da população, lutar pela libertação de Lula e de todos os presos políticos do regime, lutar contra a ocupação militar do Rio de Janeiro. Enfim, lutar contra a ditadura que está se entranhando no país.
Da nossa parte, temos a absoluta certeza que está se abrindo uma etapa de grandes mobilizações dos trabalhadores e da juventude. Temos que ser agentes impulsionadores dessa mobilização com o trabalho nas fábricas, nas escolas e faculdades, com os sem-terra, nos bairros populares. Esse é o chamado que o PCO faz.
Filie-se hoje mesmo ao PCO: entre nas fileiras do partido que luta contra o golpe.