A “mamata” à ditadura de 64, vai muito bem, obrigado! Assim, esta sendo noticiado que a filha do novo ministro interino da Saúde, o militar Eduardo Pazuello, foi nomeada para o cargo de supervisora na Diretoria de Gestão de Pessoas da RioSaúde, empresa pública da prefeitura do Rio de Janeiro.
A nomeação de Stephanie dos Santos Pazuello, publicada nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial, tem data de 6 de julho, o que indica a ocupação do cargo desde o início do mês.
Com o mencionado no começo da matéria, o “cabide de empregos” da ditadura de 1964 está de volta e a todo vapor, mostrando que Bolsonaro não trouxe nada de novo, mas sim, o velho. Este, na verdade, é o mais velho esquema da burguesia como um todo, colocando os parentes em cargos de empresas e etc.
Aqui, a crise no Rio de Janeiro com setores da burguesia contra Bolsonaro, deve ter levado os golpistas do Planalto a traçar um plano de reconquistar alianças, e, então, colocando uma parente de militar em uma das áreas mais estratégicas.
A nomeação em um contexto em que a prefeitura do Rio tenta desativar o Hospital de Campanha do Riocentro sob o argumento de que o surto do coronavírus já está controlado na cidade, é a política de Bolsonaro nos estados.
Já sobre o desdobramento desta política familiar, nesta quarta-feira (22), Isabela Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, desistiu de ocupar um cargo na gerência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) após a repercussão negativa na imprensa e nas redes sociais. Ela receberia um salário de R$ 13 mil. Braga Netto seria o quarto militar próximo a Bolsonaro a nomear filhos com bons cargos no governo. Filhos do general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, do general Eduardo Villas Boas e do Almirante Almir Santos também ganharam cargos no governo Jair Bolsonaro.
Nada de novo na ditadura militar da direita.